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Ministra admite festas e romarias este verão (e atuações gratuitas nas redes sociais têm de acabar)

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Estela Silva / Lusa

A ministra da Cultura, Graça Fonseca

O setor das artes foi fortemente prejudicado pela pandemia de covid-19. Para a ministra, o orçamento disponibilizado para a Cultura “será sempre insuficiente”.

Esta sexta-feira, Graça Fonseca esteve no programa Você na TV, na TVI, e garantiu que algumas festas e romarias terão condições para se realizarem este verão, apesar do cancelamento de todos os festivais de verão até 30 de setembro.

“Nós vamos definir com a Direção-Geral da Saúde quais são as regras que podem ser definidas. E, se cumprirem essas regras, quais [festas e romarias] é que se podem realizar”, adiantou a ministra da Cultura.

Além disso, segundo a governante, serão também definidas as condições para se realizarem alguns festivais e eventos culturais de menor dimensão e com lugares marcados. A partir de junho, todos os espetáculos serão retomados gradualmente, privilegiando-se aqueles que decorrem ar livre, mas com regras.

“Num verão que vai ser muito atípico, não teremos praticamente nenhum turismo externo, a maioria de nós vai provavelmente ir para fora cá dentro – temos que conseguir ter programação cultural em todo o território que ocupe aquilo que foi deixado vazio com muitos cancelamentos que aconteceram”, explicou, citada pelo Expresso.

Deste modo, Graça Fonseca admitiu que será necessário “reinventar a programação cultural” e que isso será fundamental no regresso à nova normalidade. “O relançamento da economia precisa que a Cultura ocupe o território porque é isso que nos dá confiança para voltar a sair.”

A partir deste mês, a ministra vai fazer um roteiro pelo país para acompanhar a reabertura progressiva da Cultura. Sobre o teatro, e como é que poderá sobreviver com metade da lotação, Graça Fonseca respondeu que ainda não existe uma medida concreta para este setor.

Ainda sobre os concertos que grande parte dos artistas estão a realizar nas redes sociais, de forma gratuita, a ministra da Cultura defendeu que todo o trabalho deve ser remunerado. “Nunca tantas pessoas estiveram em casa, temos que dar às pessoas o que a Cultura tem de melhor. Mas não pode ser gratuitamente em lives. Temos que terminar com isso.”

ZAP //

19 Comments

  1. Ou seja !…….. é o mesmo que dizer : ” estou farta das vossas lamentações, façam o que quiserem !”…a cultura da irresponsabilidade vai dominar, nesses evento por vezes bem regados !

  2. O governo está a ir de mal a pior, Quer autorizar as Festas e Romarias mas proíbe tudo que seja concertos, festivais de música e outras, afinal o País tem tem dois pesos e duas medidas, não hão-de os cidadãos se revoltarem depois dizem quem os cidadãos não cumprem a lei mas qual das leis senhores ministros? Se fossem todos bugiar era muito melhor.

  3. Não entendo esta ministra: ineficiente, ridicula e a não obedecer aos critérios para que a pandemia não alastre.

    Como pode existir uma lei e depois alguém (esta ministra, na sua infima sabedoria – não sei onde foi recolher os dados) abrir exceções?

    Portugal precisa de líderes, não de fantoches políticos; estamos a lidar com algo sério; ou é mais importante abrir excepções para ‘festas’?

    Ministra fora! – para mim é simples.

    • …….estou de acordo: é preciso haver uma única direcção no Governo, isto é, UNIDADE! E medidas eficientes que conduza a uma segurança e TRANQUILIDADE!…..

  4. Parece que há gente que definitivamente se acomodou a estar em casa e com o medo ou desculpa da pandemia, abdicou da liberdade individual (responsável), querendo que o governo imponha esse critério a todos.
    O problema é que para uns estarem no conforto do lar há outros que todos os dias têm de trabalhar para que aos primeiros nada falte. Há ainda outros que querem continuar a viver em liberdade (com responsabilidade e os devidos cuidados) e lhes agrada o regresso das actividades culturais e sociais.
    Não há vida autêntica sem liberdade

    • Não é disso que se trata; ou há festivais ou não há. O 1.º de maio da CGTP foi um enorme disparate e o governo deveria ter aprendido a lição, se não esteve bem o padre que disse que a “geringonça manda neste país”. A verificar-se ficarei profundamente dececionado.

  5. Dá-me a sensação que neste governo cada um diz o que lhe vai na cabeça. O PM não sabia do empréstimo ao NOVO BANCO. A da saúde disse que o pessoal podia ir todo a Fátima. Esta agora vem defender as festas e romarias. Começo a pensar que neste governo não impera a sobriedade.

  6. Bem! Cá para mim, pelo mesmo a festa do avante tem de se fazer. Avante kamarada avante! Oxalá que apareçam por lá uns chineses a tossir a ver se esse virus do comunismo desaparece de vez. É pior que o covd19

  7. Portugal tem uma Ministra da Cultura tão culta que é contra o trabalho voluntário e portanto contra a solidariedade e os valores humanistas. Devia ir espalhar tanta cultura para locais mais condicentes com o seu elevando nível moral e intelectual como… os desertos!

  8. Está boa! Esta iluminada agora quer impedir que alguém possa querer divulgar o seu trabalho ou criatividade de forma livre e gratuita. Perfeitamente ridículo!
    Outra pérola: “Sobre o teatro, e como é que poderá sobreviver com metade da lotação (…)” Caramba, eu não fazia ideia que os teatros estavam sempre assim tão cheios, a abarrotar… Mais provável é que mesmo com metade da lotação ainda sobrem bilhetes… Enfim, mais uma desculpa para angariar mais uns cobres em subsídios pagos por todos.

    • Alguns teatros que eles fazem, nem que me pagassem bem lá ia. Muita dessa gente anda a gastar o dinheiro dos nossos impostos para fazer coisas que ninguém quer ver.

  9. Como vão estar submissos uma vez mais ao PCP com a festa do avante, há que pôr água na fervura para que os ânimos não se exaltem e então abre-se a porta a todos que o vírus chinês não entra em qualquer parte, entretanto eu como não vou a festivais quero ter o direito de ir para a praia.

  10. Pois é. A partir de 30 euros, qualquer oferta está sujeita a imposto.
    Se comprares uma camisa por 70€ e passado uns tempos a deres ao teu irmão, se a camisa, em segunda mão, ainda valer mais que 30 euros, o teu irmão por lei tem que pagar um imposto. Sabias? Ah pois é.

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