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Militares mentiram no roubo de Tancos (e o mistério da caixa a mais foi desvendado)

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Paulo Novais / Lusa

Militares à entrada dos Paióis Nacionais do Polígono Militar de Tancos

Dois militares que se encontravam nos paióis de Tancos, no dia do assalto, mentiram no âmbito das investigações ao caso, mas não foram constituídos arguidos pelo Ministério Público. O furto continua sem suspeitos identificados, mas o mistério da caixa de armamento a mais já foi desvendado.

O relatório do Ministério da Defesa que analisou as circunstâncias do roubo de armas de guerra em Tancos é arrasador, mencionando múltiplas falhas, incluindo o alerta de que o sistema de vigilância da infraestrutura não funcionava há 20 anos.

O documento também evidencia que houve militares a prestarem falsas declarações sobre as rondas efectuadas a 28 de Junho de 2017, a data do assalto em Tancos. Em causa estão “um sargento e um praça que estavam nos paióis no dia do roubo”, destaca o semanário Expresso.

O sargento, “por lapso, não actualizou a folha de registo de quantidades de material” dos paióis, o que levou ao mistério da caixa a mais devolvida pelos ladrões, repara o Público. Cerca de quatro meses depois do furto, e após um telefonema anónimo, o material de guerra foi devolvido, apresentando uma caixa que estaria a mais.

Mas, afinal, essa caixa não constava do inventário do material “por lapso” do sargento que foi condenado a uma pena de repreensão, que já terá sido cumprida, anuncia o Expresso.

Já o praça envolvido “incitou os Soldados da Guarda de Polícia aos Paióis Nacionais de Tancos a prestarem falsas declarações“, para dar a ideia de que tinham sido realizadas rondas que de facto não aconteceram, relata o Público, com base no relatório do Ministério da Defesa.

O jornal também menciona que o documento fala de “um oficial e um sargento que não executaram as devidas rondas”. E um deles terá registado “informação falsa no relatório que elaborou, ao reportar rondas apeadas com horas e respectiva constituição”, sem que estas tenham sido efectuadas, segundo o mesmo diário.

Estes quatro militares foram alvo de processos disciplinares abertos pelo Exército, mas no âmbito da investigação criminal ao roubo, que decorre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), ainda não foram constituídos arguidos.

Uma fonte próxima das investigações revela ao Diário de Notícias que há “suspeitos identificados, militares e civis” e que, neste momento, se está “a cruzar informação”, “a analisar os depoimentos das testemunhas” e a “avaliar todo o material recolhido, “sem pressa, nem pressões”.

ZAP //

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4 Comments

  1. ahhhhhhh, eu sabia!!!!
    A culpa só podia ser do governo!!! esses malandros…
    Afinal os ministros faltaram às rondas, e não obrigaram os militares a instalar sistemas de vigilância!
    E aposto que os militares mentiram para proteger o governo!!!!
    A culpa é sempre do mesmo… do governo(not)!

  2. Nesta história toda só não consegui perceber se em última instância o ministro é deste mundo ou se é um ET. Fica a dúvida…

  3. O Armamento já estava fora de prazo nada valia, porque tanta preocupação?
    O Hitler também deixou muitas bombas quer em Terra ou no Mar, que depois de achadas não fazem mal a ninguém.
    PONTO FINAL

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