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Michael Jackson “abusou de nós centenas de vezes”, dizem alegadas vítimas

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Wade Robson, de 36 anos, e James Safechuck, de 40, contaram que foram abusados sexualmente centenas de vezes por Michael Jackson, quando eram crianças.

Em declarações ao programa de Victoria Derbyshire, Wade Robson disse que o cantor abusou dele desde os 7 anos e que tentou violá-lo quando este tinha 14. Já James Safechuck alega ter sido abusado sexualmente “entre os 10 e os 14 anos”.

A família de Michael Jackson contesta as acusações, dizendo que não existe nenhuma prova de que as alegações sejam verdadeiras.

No documentário Leaving Neverland, que estreou no festival Sundance em janeiro, James e Wade fazem as mesmas acusações ao cantor. Quando questionados se os abusos tinham sido cometidos “centenas e centenas de vezes”, responderam afirmativamente.

“Todas as vezes que eu ficava com ele, todas as vezes que eu passava a noite com ele, ele abusava de mim”, contou Wade Robson. Segundo a alegada vítima, Michael Jackson acariciava-o, tocava-lhe “no corpo todo” e obrigou-o a assistir a um ato sexual. Quando tinha 14 anos, revelou, terá tentado violá-lo. “Essa foi uma das últimas experiência de abuso sexual que tivemos”, adiantou, acusando Jackson de ser manipulador.

Robson terá sido levado a acreditar que se amavam. “E é assim que nós mostramos o nosso amor”, disse o cantor. De acordo com Robson, Michael Jackson disse-lhe que, se alguém mais descobrisse o que estavam a fazer, iriam ambos para a prisão para o resto das suas vidas.

“Tudo isso foi assustador para mim”, contou. Naquela altura, Jackson era uma “figura de outro mundo, um deus”, que se tornou o seu “melhor amigo”, pelo que não conseguia conceber a ideia de ficar longe do artista.

Robson revelou que Jackson lhe terá dito que era o seu melhor amigo e a única pessoa com quem praticava aquele tipo de atos. Acreditou, por isso, que era “o escolhido”.

No mesmo programa, James Safechuck contou que os abusos começaram aos 10 anos de idade com beijos, aos quais se seguiram outros abusos e outros atos sexuais. Prolongaram-se durante anos porque, segundo o mesmo, Michael Jackson tornou-se bastante próximo da família e fez com que se isolasse das outras pessoas.

“Ao mesmo tempo que és abusado, uma parte de ti está a morrer“, disse Safechuck a Victoria Derbyshire. No entender de Wade e James, uma parte da responsabilidade dos alegados abusos é daqueles que se encontravam próximos do rei da pop, nomeadamente dos seus funcionários.

Após as acusações feitas ao cantor no documentário Leaving Neverland, a família Jackson manifestou-se, negando o que tinha sido dito. Taj Jackson, sobrinho, disse que, apesar de o comportamento do tio ser estranho, era “muito inocente”.

Em 2005, Michael Jackson foi absolvido de todos os crimes de abuso sexual de menores dos quais era acusado, num julgamento mediático que ocorreu no Tribunal do Condado de Santa Maria, na Califórnia. Mas a primeira denúncia do género tinha surgido em 1994, envolvendo Jordan Chandler.

Mais tarde, em 2013 e 2014, terão surgido outras queixas, apresentadas por Wade Robson e James Safechuck, mas foram arquivadas.

Em 2019 assinalam-se os dez anos da morte de Michael Jackson. O rei da pop entrou em paragem respiratória a 25 de junho de 2009, enquanto tentava adormecer sob o cuidado do seu médico pessoal, Conrad Murray, que tinha administrado o fármaco que motivou a morte do músico, Propofol, uma droga habitualmente usada apenas em ambiente hospitalar controlado.

Murray haveria de ser condenado a quatro anos de prisão por homicídio involuntário. Saiu em liberdade condicional ao fim de dois anos.

ZAP // BBC

6 Comments

  1. Gente, cadê o pai e mãe dessas crianças nessas ocasiões? Se issp ocorreu eles concorreram para tais ocorrências. É dever de pai e mãe ficarem com seus filhos e cuidarem deles. Cadê eles qdo isso ocorreu?

  2. Vi o documentário e estranhamente as alegadas “vítimas”, e respectivas famílias, pareciam bastante saudosas do “abusador”. Só se sentiram mal quando o MJ se afastou deles. Tem piada. Eu achava que uma pessoa abusada queria era pôr-se a milhas do abusador, vê-lo ao longe a virar a esquina e que o gajo fosse morrer longe, se não o pudesse atropelar numa rua escura. Mas estas, não. Passar a vida com o “malfeitor”, sabia-lhes a pouco…

  3. Eu acho que é tudo pelo dinheiro, acabar com a vida de uma pessoa com mentiras e calúnias. Pais de verdade não teriam aceito dinheiro para se calar, assim como eles falam, teria colocado ele na cadeia e a justiça ia mandar ou pagar o tratamento pisicologico dos meninos. Michael não queria se desgastar mais ainda e deu dinheiro, pois sabia que era só isso que queriam. Eu não acho que ele era abusador, só Deus sabe e só ele pode julgar.

    • Só Deus?
      É… e vê-se que esse Deus tem feito um bonito serviço!…
      Muitos bandidos andam por aí na boa e muitas pessoas honestas e trabalhadoras vivem num “inferno”!…
      Muito justo esse Deus…

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