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Com os números a escalar, Merkel pretende prolongar restrições em vigor na Alemanha em abril

Daniel Kopatsch / EPA

A chanceler alemã Angela Merkel

A chanceler alemã, Angela Merkel pretende prolongar em abril as restrições anti-covid-19 atualmente em vigor na Alemanha devido à terceira vaga da pandemia, de acordo com um documento governamental obtido hoje pela AFP.

Devido à “dinâmica atual de infeção acelerada com as variantes covid-19”, espera-se que o país “prolongue” todas as atuais restrições de viagem até uma data ainda por determinar em abril, diz o documento, que será utilizado na segunda-feira como base para uma reunião planeada sobre o assunto entre a chanceler e as regiões alemãs.

Até ao momento, as restrições foram programadas para vigorar até ao final de março.

A taxa de incidência durante os últimos sete dias e por 100.000 habitantes excedeu hoje a marca simbólica de 100 a nível nacional no domingo, ao atingir 103,9, de acordo com o Instituto Robert Koch de Vigilância Sanitária. Um limiar que, em princípio, deveria desencadear novas restrições.

O documento emitido pela chancelaria afirma que os “contactos dentro” dos edifícios “devem ser evitados tanto quanto possível devido ao aumento do risco de contágio”.

Nas empresas, uma grande proporção do trabalho em casa continua a ser essencial e “pelo menos dois testes rápidos por semana” podem ser efetuados para os empregados que têm de ir para o seu local de trabalho.

O projeto abre a possibilidade de as regiões testarem “modelos temporários” para “abrir espaços individuais na vida pública”, com “resultados de testes negativos” e rastreio computorizado dos contactos como critérios de acesso.

As viagens transfronteiriças devem continuar a ser “limitadas ao mínimo estritamente necessário”, e devem ser combinadas com quarentena e testes obrigatórios antes do regresso à Alemanha.

O governo Merkel apelou na quarta-feira aos alemães para serem “responsáveis” durante a pandemia e não viajarem para a popular ilha espanhola de Maiorca durante as férias da Páscoa, apesar dos numerosos voos fretados.

// Lusa

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