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Medidas em vigor não mexem. Costa apresenta plano de desconfinamento a 11 de março

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José Sena Goulão / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

“Sem qualquer alteração.” O decreto do Governo para o 12.º estado de emergência não mexe, anunciou o primeiro-ministro António Costa.

António Costa falou esta sexta-feira ao país, a partir do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro apresentou o decreto de execução para o estado de emergência, que inicia já na próxima terça-feira, e anunciou que não há qualquer alteração.

“O Conselho de Ministros aprovou, sem qualquer alteração, a renovação do decreto lei do estado de emergência”, disse o chefe de Governo, adiantando que as medidas atualmente em vigor estão a ter efeitos na redução do índice de transmissão da doença e na redução do número diários novos casos de infeção.

Apesar disso, “este ainda não é o tempo do desconfinamento, porque temos melhorias, mas todas as melhorias são relativas”, justificou António Costa, para logo a seguir comparar a atual situação com os dados do desconfinamento da primeira vaga.

“Estamos quatro vezes piores do que o dia em que iniciámos o desconfinamento em maio passado”, referiu o primeiro-ministro, acrescentando que Portugal tem ainda “um número extremamente elevado de doentes internados” com covid-19 nos hospitais.

A segunda razão apontada pelo governante para manter as medidas atualmente em vigor é a presença da variante britânica em Portugal, uma vez que a percentagem de casos positivos “excede aos 49%”.

Em relação à vacinação, Costa disse que “podemos confirmar o objetivo de ter em março 80% de pessoas com mais de 80 anos vacinadas, assim como vacinação integral dos acima de 50 anos com comorbolidades”.

No entanto, como a vacina Astrazeneca não é recomendada a pessoas acima dos 65 anos, “não conseguiremos até fim de março vacinar todas as pessoas entre 65 e 79 anos com comorbilidades – pelo que os grupos de maior risco não estarão ainda com vacinação”.

Para os próximos 15 dias, “aquilo que em estamos fortemente empenhados é que tenhamos mais avanços significativos para nos colocarmos em situação de segurança que permita fazer uma outra avaliação do nível de medidas que deve constar do próximo estado de emergência”.

“Anseio que rapidamente possamos chegar ao dia em que possamos retomar alguma normalidade”, rematou o primeiro-ministro.

Além de ter confirmado que as restrições vão manter-se, pelo menos, nas próximas semanas, António Costa avançou uma data para a apresentação do plano de desconfinamento do país: 11 de março.

“Será gradual, abrangerá sucessivas atividades e será guiado por um conjunto de critérios objetivos”, detalhou o primeiro-ministro. Relembrando que “o Governo resistiu o mais que pode” ao encerramento dos estabelecimento de ensino, “é natural que se inicie o desconfinamento pelas escolas“, declarou.

Liliana Malainho, ZAP //

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