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“Anjo da morte”. Médico italiano acusado de matar doentes covid para libertar camas no hospital

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“Doutor Morte”

Um médico da Lombardia foi detido por suspeitas de ter assassinado dois pacientes que estavam nos cuidados intensivos do Hospital de Montichiari. O objetivo seria libertar camas para outros doentes.

“Anjo da morte” ou “doutor morte”, são algumas das designações que têm sido atribuídas a Carlo Mosca, um médico da Lombardia, em Itália, que até há pouco tempo estava no anonimato.

Contudo, o seu nome foi recentemente trazido para a ribalta por ter, alegadamente, assassinado dois pacientes que estavam nas Unidades de Cuidados Intensivos do Hospital de Montichiari, para que pudessem ser libertadas camas para outros doentes.

Tendo por base estas suspeitas, a polícia italiana deteve esta terça-feira Carlo Mosca, que ficou em prisão preventiva, acusado de homicídio qualificado. O médico era também coordenador de urgência e emergência do hospital e terá administrado doses letais de substâncias anestésicas e um bloqueador neuromuscular, o que terá levado à morte de dois pacientes que estavam infetados com covid-19, avança o La Repubblica.

As autoridades italianas começaram a investigar o caso, após terem sido detetados alguns óbitos em que existiu “um agravamento repentino e não facilmente explicado das condições de saúde”. Após as autópsias, foi detetado que “foi administrado aos pacientes medicamentos adequados para causar depressão respiratória letal”, que posteriormente levaram à sua morte.

Também algumas conversas de um grupo de WhatsApp vieram corroborar a prática do crime. “Não vou matar pacientes só porque ele quer libertar algumas camas”. “Não estou para isto, isto é uma loucura”. “Ele também vos pediu para administrar os medicamentos aos pacientes sem os intubar?”, pode ler-se em algumas trocas de mensagens.

Agora, Carlo Mosca terá de aguardar julgamento em prisão domiciliária por ser suspeito de matar dois doentes: Natale Bassi, de 61 anos, e Angelo Paletti, de 80. Para além disso, é ainda acusado de intimidação à equipa médica com que trabalhava.

ZAP //

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