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Marques Mendes diz que Avante! cria ideia de “troca de favores” (e rejeita crise política)

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No seu habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes disse que a Festa do Avante! criou a ideia de uma “troca de favores” entre o Governo e o PCP e rejeitou uma eventual crise política.

O comentador Luís Marques Mendes defendeu este domingo que o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre as orientações para a Festa do Avante! “devia ser público” e que “está criada a ideia de um tratamento de favor na opinião pública, de uma troca de favores” entre o PCP e o Governo”.

Isso só vai dar asneira. Não é uma questão política, não é contra o PCP, é uma questão de saúde pública. Há uma questão que vai ser péssima para quase todos os dirigentes do Estado. Está criada a ideia de um tratamento de favor na opinião pública, de uma troca de favores entre o PCP, por um lado, e o Governo e a DGS, por outro. Isto só se afasta se puserem cá fora uma decisão com os critérios que foram adotados”, afirmou Marques Mendes.

O comentador afirmou ainda que a DGS sujeitou-se a “um puxão de orelhas monumental” do Presidente da República.

O ex-líder do PSD voltou a defender que o evento organizado pelo PCP, que começa na sexta-feira, não devia realizar-se este ano.

Crise política? “Isto é tudo teatro”

Marques Mendes mostrou-se surpreendido com a entrevista de António Costa ao semanário Expresso, divulgada este sábado, em que o primeiro-ministro disse que se não houver um acordo à esquerda no próximo orçamento, haverá “uma crise política”.

Para o comentador, a ameaça de crise política é um “disparate” e “uma loucura”. “Aquilo que o primeiro-ministro disse — ou há acordo ou há crise — não é dramatizar, é ameaçar, tentar fazer chantagem“, disse. “Não vamos ter crise política. Acho que isto tudo é teatro.”

O conselheiro de Estado alertou também quem seria o grande vencedor com uma crise política: o Chega de André Ventura. “Quem ganharia com eleições antecipadas? Com exceção do Chega, ninguém. O PS, se não conseguisse chegar à maioria absoluta (e nada o garante), sairia politicamente derrotado. O PCP e o BE, com eleições bipolarizadas, corriam o risco de baixar de votação. Para o PSD e para o CDS seria um pesadelo. Só o Chega ganharia. É disso que a democracia precisa? Não parece”, declarou.

Marques Mendes afirmou ainda que Costa mostrou-se “nervoso e crispado” nos últimos dias. “Foi um erro o primeiro-ministro ter comprado esta guerra com os médicos, a agressividade que teve”, disse.

O ex-líder do PSD questionou ainda por que não é pública a auditoria da Segurança Social sobre o lar de Reguengos de Monsaraz.

Por outro lado, Marques Mendes considerou “positivo” a retoma das reuniões do Infarmed, com especialistas, autoridades de saúde, classe política e parceiros sociais. Porém, não concorda com o novo modelo, que define que a primeira parte das reuniões, em que os especialistas fazem exposições iniciais, passe a ser aberta à comunicação social, sendo fechada na parte das perguntas.

Parece muito mau que o Governo não aceite que a segunda parte seja pública. Parece que têm medo de ouvir os partidos”, criticou.

ZAP //

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2 Comments

  1. Este Marques Mendes a atirar areia aos nossos olhos, como se ele não soubesse que todos os partidos quando no poleiro seja Governo Central ou Autárquico, já se esqueceu de quando foi presidente dom PPD que pediu ao Carmona Rodrigues para empregar na Câmara de Lisboa 23 jotinhas, deve pensar que sofremos todos de Alzheimer como sofrem os políticos vaselina no rabiosque dos outros para mim é um cheirinho.

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