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Marcelo quer OE aprovado à esquerda (e sem o dedo de Rio). Governo já namora o Bloco de Esquerda

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José Coelho / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quer ver o Orçamento do Estado para 2021 viabilizado à esquerda, sem o apoio do PSD de Rui Rio.

Fontes presentes nas reuniões que o Chefe de Estado foi tendo com os partidos revelaram à Rádio Renascença que o Chefe de Estado não quer Rui Rio a participar nas negociações para aprovar o OE para 2021, que tem de entrar no Parlamento até 15 de outubro.

Segundo as mesmas fontes, Marcelo Rebelo de Sousa Presidente chegou mesmo a dizer que Rui Rio não pode continuar a ter uma posição colaboracionista com o Governo, como teve em algumas ocasiões e sobretudo no orçamento suplementar.

Marcelo teme uma cisão no PSD, onde não falta, segundo escreve a Rádio Renascença, vontade para levar a cabo uma revolução.

O Presidente já esta quinta-feira deixou uma aviso, pedindo diálogo entre as partes de forma a evitar crises políticas num período de crise pandémica. Pouco depois, Rui Rio disse que as declarações de Marcelo revelam bom senso, parecendo evidenciar que vai colocar-se à margem da negociações com o Governo para a aprovação do OE.

“Acho que é uma declaração de bom senso e espero que não haja crises políticas, como presidente do PSD, mas direi que a coisa não é muito comigo, porque o Orçamento do Estado vai ser construído pelo PS, pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, e o PSD, nessas circunstâncias, é um espetador atento”, afirmou Rui Rio.

Governo retoma negociações em São Bento

De olhos postos no OE para 2021 está também o Governo. O primeiro-ministro reúne-se esta sexta-feira, em São Bento, com BE, PAN e PEV para procurar um acordo político de legislatura, incluindo desde logo a aprovação do Orçamento do Estado para 2021.

Fonte do executivo adiantou à agência Lusa que o PCP solicitou “um reagendamento da reunião” com António Costa e que os contactos com os comunistas “vão prosseguir ao nível técnico”. No período da manhã, António Costa vai receber primeiro o Bloco de Esquerda e depois o PAN. Na parte da tarde, o líder do executivo irá reunir-se com o PEV.

No final destas reuniões, não estão previstas nem recolha de imagens, nem declarações, tal como já aconteceu em anteriores reuniões de António Costa com os líderes do BE, Catarina Martins, e do PCP, Jerónimo de Sousa, em São Bento.

De acordo com o semanário Expresso, os bloquistas parecem mais interessados num acordo com o Governo do que os comunistas – e o Governo responde no “namoro”.

O pedido de reagendamento do PCP parece indiciar que os comunistas não pretendem repetir o entendimento da legislatura passada. Contudo, fonte do partido disse ao Expresso que o pedido de reagendamento está relacionado com a agenda pessoal do PCP.

“Não há nada agendado por questões de calendário nosso”, disse.

Do lado do Bloco de Esquerda, os indícios parecem ser outros até porque o partido já elencou as suas exigências – e o Governo acenou com um sim.

O fim do fator de sustentabilidade que penaliza as reformas dos trabalhadores de profissões de desgaste rápido, a redução do IVA da eletricidade e a contratação de mais profissionais para o SNS são as exigências do Bloco.

O Governo tinha já respondido afirmativamente ao dois últimos pontos e, esta sexta-feira, após reunião de Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva garantiu que o o fator de sustentabilidade deixará mesmo de ser aplicado às profissões de desgaste rápido.

Questionada sobre o motivo pelo  de a medida ter sido tomada agora, a ministra de Estado e da Presidência apenas respondeu que “este ano não foi um ano normal para nenhum de nós e também não foi para o processo legislativo”.

ZAP //

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4 Comments

  1. A romaria segue, vivam as selfies e os bitytes
    O politico mais populista desde o 25 de Abril não quer tomar decisões em tempo de crise.
    e… envia recados a corja que o acompanha diariamente.

  2. Se Marcelo não quer e o mesmo recado já o ouvi da boca de António Costa, portanto só restará a este, novo casamento com a extrema-esquerda, o que irá acontecer, embora estes façam figura de amuados acabarão por ceder, estão entalados, ou cedem e o governo continua, ou votam contra e ficarão como responsáveis pela queda do governo, contingências de um mau casamento, enquanto os partidos à direita do PS não poderão ser responsabilizados pelo que vier a acontecer, seja bom ou mau.

  3. Copy-paste não é para todos. É preciso um pós-doutorado em copy-paste.
    É tão pitoresco, pelo menos não são arrogantes, pois uma combinação besteira/arrogancia costuma ser triste

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