O que importa é que as nossas Forças Armadas tenham o efetivo e as capacidades necessárias, e que esses efetivos não saiam ao ritmo que têm saído”, defendeu o chefe de Estado, em pleno cenário de desacordo entre PS e Governo.
Depois de vir à tona o desacordo entre o Partido Socialista (PS) e o Governo sobre a contratação de estrangeiros para combater a falta crescente de efetivos nas Forças Armadas, o chefe de Estado deixou alguns recados aos ministros e deputados portugueses esta terça-feira.
“O que verdadeiramente importa é um Portugal forte na sua independência, na sua soberania. O que importa é que as nossas Forças Armadas tenham o efetivo e as capacidades necessárias, e que esses efetivos não saiam ao ritmo que têm saído. Se não é agora, em tempos de guerra [na Ucrânia], quando será que vamos atualizar capacidades? Não acreditemos que serão outros, contratados no estrangeiro, a ocupar esses lugares. Se queremos um Portugal forte, temos de ter Forças Armadas fortes”, disse, na cerimónia do 49.º aniversário do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
“Sem mulheres e homens militares, poderemos sonhar com navios, blindados ou aeronaves, mas não teremos quem os possa tornar úteis”, acrescentou, segundo o Correio da Manhã, o Presidente da República.
“Importa que o estatuto militar esteja à altura das legítimas aspirações dos candidatos e dos militares. Importa que que as novas leis da programação militar e das infraestruturas militares, que dão inegáveis passos positivos, sejam efetivamente cumpridas e, se possível, não deixando o que seja mais premente para daqui a oito a doze anos”, apontou ainda o chefe de Estado.
A ideia já foi discutida pelo Presidente da República e defendida por oficiais-generais reformados e tem voltado ao debate público no contexto da crescente escassez de efetivos nas Forças Armadas. No entanto, a medida implicaria uma revisão constitucional, pois atualmente as Forças Armadas são compostas exclusivamente por cidadãos portugueses, lembra o Expresso.
Enquanto o PS está aberto a “refletir” sobre a possibilidade de incluir imigrantes nas fileiras militares, à semelhança do que acontece em países aliados como Espanha ou o Reino Unido, a Ministra da Defesa, Helena Carreiras, considera que a medida é complexa e “não deve ser equacionada” para resolver os problemas de pessoal.
Apesar da perda de 7% dos efetivos nas Forças Armadas em 2022, a Ministra da Defesa mantém uma posição mais conservadora. Segundo uma fonte oficial, o foco do Governo é no “atual modelo de profissionalização”, rejeitando a ideia de alargar o recrutamento à população imigrante.
Por enquanto, o processo de revisão constitucional iniciado este ano por causa da lei dos metadados não inclui a questão da composição das Forças Armadas. Os socialistas e o Governo também preferem concentrar-se nas metas atuais para atrair recrutas portugueses e reter pessoal.
Entre os outros partidos, a Iniciativa Liberal (IL) admite a possibilidade de recrutamento de militares estrangeiros, enquanto o Chega é contra, insistindo na necessidade de reforçar incentivos para portugueses ingressarem na carreira militar. O PCP, PAN, e o Livre também não defendem a proposta, enfatizando a necessidade de valorizar os militares nas condições atuais.
Eu acho que a presidência da república e a chefia do governo de Portugal deveriam ser ocupada por imigrantes.
Um holandês e sueco tinham mais probabilidade de fazer um melhor trabalho.
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Como poderiam vir estrangeiros para as forças , jurando previamente servir o país? Qual país, o nosso ou o deles? Esta descoberta anedótica, só seria possível vinda de António Costa. Daqui só sai patetice. Com os cofres cheios e o país continua triste e sem alma. Quando é que o povo arruma de vez este gajo?
E com algum alívio que esta afirmação do Presidente da República chega ao nosso conhecimento. Então tinha ( ou tem) algum cabimento as nossas Forças Armadas serem constituídas por imigrantes? Isto só na cabeça de alguém que ou não se sente português ou está passado da cabeça e já não sabe ou que diz.