É algo jamais documentado antes no reino animal, recentemente descoberto pela Ciência. A fonte deste superpoder está nos fascinantes “olhos” das penas dos machos.
As penas da cauda dos pavões escondem um segredo que parece saído de um filme de ficção científica: as estruturas são capazes de emitir luz laser, revelou um estudo publicado no passado mês de julho na Scientific Reports.
São os “olhos” nas penas que, após um processo especial de infusão de corante, podem funcionar como microcavidades ópticas, gerando feixes de luz altamente organizados — mais um dos impressionantes superpoderes da natureza.
A investigação, conduzida por cientistas da Florida Polytechnic University e da Youngstown State University, partiu da curiosidade sobre os mecanismos que produzem as cores da plumagem. Usando um corante laser especial e um método de infusão controlado, os investigadores detetaram emissões luminosas, algo jamais documentado antes no reino animal.
Quando falamos de laser, trata-se de alinhar ondas de luz de forma que todas “caminhem em passo” dentro de uma cavidade ótica. No caso das penas do pavão, as estruturas microscópicas presentes nos “olhos” parecem fazer exatamente isso: refletir a luz repetidamente até que esta saia organizada como um feixe laser.
Os investigadores destacam no estudo que as penas precisaram de múltiplos ciclos de corante para que o efeito surgisse. Isto sugere que o corante penetrou na estrutura de queratina, revelando um padrão de ressonadores microscópicos.
Estas microestruturas não corresponderam a formatos típicos de lasers naturais conhecidos, mas indicam cavidades óticas muito pequenas e repetidas por toda a pena, cada uma emitindo laser nos mesmos comprimentos de onda. Por enquanto, ainda não está claro para os cientistas por que motivo a evolução incorporou lasers nas penas da cauda dos pavões.
ZAP // CanalTech
