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Zuckerberg paga 100 milhões num ano a um tal Matt Deitke. E é só a ponta do icebergue

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Anthony Quintano / Wikimedia

Mark Zuckerberg, o criador da rede social Facebook

Investigador tem apenas 24 anos e já tinha propostas milionárias à sua espera. À segunda tentativa da Meta, aceitou.

Matt Deitke tem apenas 24 anos. Estava num doutoramento mas decidiu mudar de vida: investiu no mundo da Inteligência Artificial (IA), criou uma empresa e começou a ser conhecido.

Mark Zuckerberg – que não tem apenas 24 anos há algum tempo – dispensa apresentações e está sempre atento aos maiores talentos que podem ajudar a Meta. Envia e-mails, escreve no WhatsApp: contacta investigadores, programadores, a tentar convencê-los a juntar-se à sua equipa.

Um dos contactados foi precisamente Matt Deitke. Zuckerberg queria contratar o jovem e apresentou uma proposta de 125 milhões de dólares (quase 108 milhões de euros) em quatro anos. Não convenceu o investigador.

Mas o líder da Meta não esqueceu o assunto, esteve pessoalmente com Deitke e dobrou a proposta inicial: os mesmos quatro anos, mas 250 milhões de dólares, ou 215 milhões de euros. Ficou a garantia de que, só no primeiro ano, Matt Deitke iria receber 100 milhões de dólares – 86 milhões de euros.

Agora sim, proposta aceite.

Os valores são absurdos porque, saliente o The Next Big Idea, falta mão-de-obra de topo. Faltam funcionários que saibam – mesmo – mexer-se nos sistemas de IA mais avançados. Não devem superar os 1.000, em todo o mundo.

Os melhores investigadores podem ser “10 mil vezes” mais eficazes do que a média dos outros investigadores, segundo Sam Altman, director da OpenAI – empresa onde os investigadores de topo recebem mais de 10 milhões por ano.

Por isso, e na “corrida” pelos melhores, há ofertas de dezenas ou centenas de milhões de dólares. Porque, acreditam os responsáveis, esses milhões vão originar ainda mais milhões quando a empresa melhorar.

O caso de Matt Deitke é apenas “a ponta do icebergue”, resume o The Next Big Idea.

Embora, no caso da Meta, haja um factor extra: poder computacional – os “alvos” teriam à disposição 30 mil GPUs para investigação.

Entretanto, há grupos de chat entre investigadores que, entre si, discutem ofertas e pedir conselhos. Se alguém consegue uma proposta, partilha os detalhes para construir o seu preço.

ZAP //

1 Comment

  1. Enquanto isso em Portugal, ofertas de empregos aliciadoras de 900 euros para profissionais de Inteligência Artificial.
    Isso quando não surge a irresistível oferta via Estádio do IEFP.

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