O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não descartou a possibilidade de haver mais consequências políticas no caso da indemnização da TAP a Alexandra Reis, depois da demissão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
“Se [o relatório] foi pedido pelo senhor ministro das Finanças, o senhor ministro das Finanças poderá ponderar as consequências do relatório. Vamos esperar para ver”, afirmou Marcelo no sábado, citado pela CNN Portugal, após ser questionado sobre a possibilidade de consequências políticas.
Foi o ministro das Finanças, Fernando Medina, que solicitou o pedido do relatório da Inspeção-Geral de Finanças. No sábado, foi também noticiado que a Inspeção-Geral de Finanças encontrou “irregularidades” na indemnização de 500 mil euros paga à antiga administradora.
Marcelo apontou as “dificuldades em perceber os contornos” da indemnização paga a Alexandra Reis, que teria decidido sair da empresa. Sobre o relatório, disse que “vale a pena olhar para isso e ver o que não foi bem explicado”.
Alexandra Reis, que foi secretária de Estado do Tesouro escolhida por Fernando Medina e acabou por ser forçada a pedir a demissão por causa deste processo, respondeu na sexta-feira, em sede de contraditório, e a gestão da TAP, liderada por Christine Ourmiére-Widener, também já terá respondido.
Em dezembro, foi avançado que a então secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, tinha saído em fevereiro da administração executiva da TAP com uma indemnização de 500 mil euros, apesar de ter renunciado ao cargo. Meses mais tarde passou a presidente da NAV, empresa responsável pela gestão do tráfego aéreo.
A renúncia de Alexandra Reis da TAP terá ocorrido após uma falta de entendimento com a presidente da empresa, Christine Ourmières-Widener. Desde que a indemnização se tornou pública, Alexandra Reis e a TAP têm sido alvo de severas críticas por parte dos sindicatos.
No final de dezembro, André Teives, presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos, afirmou que “em termos legais quem se despede não tem direito a qualquer indemnização”.
Numa entrevista à SIC em janeiro, Alexandra Reis garantiu que entregou a declaração de património no Tribunal Constitucional com os saldos das contas bancárias, incluindo o valor da indemnização recebida pela TAP, logo após a entrada na NAV.
Este caso provocou a demissão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes.
O Governo atual , poderia demitir-se en bloco . O triste empenho que mostrou , mesmo com maioria absoluta , é o suficiente para tal ! . O problema , é de assistir as tristes intervenções dos diversos Partidos da Oposição , que não são mais que un lavar de roupa suja , de passa culpas , de negações dos proprios passados , e discursos , que uma vez exprimidos pouco sumo sai . Assim é a triste realidade , de un País Democrático , que em termos de Políticos Honestos , se revela un País cheio de nada e vazio de tudo ! .
Este comentador ………………………….Mas era o Medina que era Ministro das Finanças quando a indemnização foi paga?
Fale com o seu irmão Sr. Presidente…………………….
O Sr. Presidente é irmão do Sr. Advogado que negociou o contrato, por isso também se deve demitir. Estava no cargo na altura do negócio, por isso deve ser coerente com o que está a pedir para a demissão de um Ministro que não estava no cargo, quando o negócio foi trabalhado com o seu irmão.