Pedro Nuno Santos demite-se do Governo

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António Cotrim / Lusa

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou esta madrugada a demissão do Governo.

A decisão surge na sequência da polémica em torno da saída de Alexandra Reis da TAP e a consequente indemnização de meio milhão de euros à agora ex-secretária de Estado do Tesouro.

A demissão é explicada numa nota enviada às redações, assinada por Pedro Nuno Santos.

“Face à perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno deste caso [TAP], o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, entende, neste contexto, assumir a responsabilidade política e apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro”, lê-se no comunicado.

Meros minutos depois, o primeiro-ministro emitiu um comunicado a revelar que tinha aceitado o pedido de demissão.

“Aceitei o pedido de demissão que me foi apresentado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação”, começa por escrever António Costa. “Quero expressar publicamente o meu agradecimento pela dedicação com que execerceu funções governativas ao longo destes 7 anos, quer nas áreas da sua direta responsabilidade, quer na definição da orientação política geral do Governo”.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.

“No seguimento das explicações dadas pela TAP, que levaram o ministro das Infraestruturas e da Habitação e o ministro das Finanças a enviar o processo à consideração da CMVM e da IGF, o secretário de Estado das Infraestruturas [Hugo Santos Mendes] entendeu, face às circunstâncias, apresentar a sua demissão”, esclarece ainda a nota do Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

Daniel Costa, ZAP //

3 Comments

  1. Um profundo incompetente , cuja incompetência ficou bem cara aos Portugueses. Mais de 4 mil milhões de euros como resultado dos disparates deste incapaz. Esta demissão só peca por tardia. Ficou bem caro aos Portugueses. E o próprio Primeiro-Ministro também deveria colocar o seu lugar à disposição. Este desgoverno é de tal forma, que nos poucos meses de desgovernação, os episódios são mais que muitos e totalmente inaceitáveis.

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