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Há mais gestores a abandonar empresas de Isabel dos Santos. MP admite descongelar contas bancárias

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Depois das várias demissões no EuroBic, NOS e Efacec, há mais gestores a abandonarem empresas menos conhecidas de Isabel dos Santos em Portugal.

Na sequência da polémica em torno do caso Luanda Leaks, pessoas como Mário Leite Silva, da NOS e Efacec, ou de Jorge Brito Pereira, do EuroBic, deixaram os seus cargos em empresas onde a empresária angolana é acionista.

Mas não são os únicos. De acordo com o jornal ECO, há mais gestores que também abandonaram outras sociedades portuguesas menos conhecidas da filha do ex-Presidente de Angola.

Um deles é Vasco Pires Rites, um dos nomes citados no Luanda Leaks – e também no Malta Files – apresentou a demissão do cargo de gerente e administrador em três entidades de Isabel dos Santos: a Niara Power, YAKO – Retalho Alimentar e Creatambitions. Rites entregou o seu pedido de renúncia aos cargos nas três sociedades no dia 30 de janeiro no registo comercial, embora produzam efeitos a 3 de dezembro.

Além de Vasco Pires Rites, a Niara Power perdeu outro administrador nos últimos meses: Carlos Alberto de Freitas Teixeira, cuja renúncia deu entrada no registo comercial no dia 12 de fevereiro – com efeitos a 8 de novembro.

Também Maria Manuel Sanches Guimarães deixou a Supreme Treasure – sociedade do ramo imobiliário – no dia 7 de fevereiro.

Estas empresas fazem parte do universo de 22 empresas que Isabel dos Santos detém em Portugal. Após as revelações, Isabel dos Santos anunciou a venda de várias participações em sociedades portuguesas, como a Efacec e o EuroBic.

MP admite descongelar contas de Isabel dos Santos

O Ministério Público (MP) admite desbloquear contas de Isabel dos Santos para pagamentos de salários, a fornecedores e ao Estado. Fonte oficial da PGR diz que possibilidade “é avaliada quando solicitada”.

Isabel dos Santos anunciou, na quinta-feira, que impugnou o arresto às suas contas bancárias em Portugal. A empresária diz que congelamento é “inexplicável e infundado” e argumenta que está a afetar a capacidade das suas empresas em pagar salários, ao fisco, Segurança Social e fornecedores.

Após o alerta, o MP revelou, em declarações ao Jornal Económico, que este tipo de pagamentos será “avaliada quando solicitada”.

Por outro lado, o Conselho de Administração da Efacec Power Solutions, empresa da qual a empresária angolana está de saída referiu que “no seguimento das notícias publicadas relativas ao congelamento das contas bancárias” da empresária em Portugal vem esclarecer que “a Efacec e os seus acionistas são entidades distintas”

O MP requereu o arresto de contas bancárias da empresária “no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas”. Isabel dos Santos é suspeita de gestão danosa e evasão fiscal num processo que está a ser investigado em Angola e envolve uma transferência de vários milhões de dólares.

ZAP //

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