A PSP tem até ao próximo dia 20 para realizar uma avaliação dos incidentes registados nos últimos dois anos em estabelecimentos de diversão noturna.
Segundo o Diário de Notícias, a ordem de Eduardo Cabrita terá sido decidida tendo em conta os “acontecimentos recentes e a necessidade de garantir a segurança das pessoas e a manutenção da ordem pública”.
Será logo no início do próximo ano que a Assembleia da República vai receber uma proposta de alteração à Lei de Segurança Privada. Esta semana deverá ficar já concluído o ante projeto-lei e enviado aos membros do Conselho de Segurança Privada, para que deem os seus contributos. Este Conselho integra GNR, a PJ, a PSP, a Inspeção-Geral da Administração Interna e representantes das associações do setor.
Cinco dias depois de um segurança ter sido morto a tiro junto ao estabelecimento, a Câmara Municipal de Lisboa, em articulação com o MAI, anunciou o encerramento do espaço de diversão noturna.
Antes disso, em novembro, o Ministério de Cabrita também já tinha encerrado a Urban Beach, em Lisboa, depois de serem publicamente divulgadas imagens de seguranças daquele estabelecimento a agredirem violentamente dois jovens.
Agora, o ministro quer que a PSP apresente uma avaliação de risco em todos os estabelecimentos cuja atividade seja suscetível de alteração de ordem pública, tendo em vista a “ponderação e determinação de medidas, por parte do MAI, que reforcem as condições de segurança de pessoas e bens”.
Esta quarta-feira, na apresentação da operação “Festas Seguras“, o porta-voz oficial desta força de segurança lembrou que que não se pode generalizar: não se pode pensar que “a noite é insegura baseado numa ou duas situações que têm surgido nos últimos tempos”.
O intendente Hugo Palma garante que “a noite é segura na maioria dos casos, haverá exceções”, mas “as pessoas podem sair à noite e divertir-se“.
Para os vereadores na CML, as medidas da autarquia deviam ser mais proativas do que reativas.
Os centristas enviaram ontem ao presidente Fernando Medina 21 perguntas sobre “a responsabilidade e a inação da CML no clima de insegurança na noite lisboeta”. João Gonçalves Pereira considera “muito preocupantes os casos de violência que ciclicamente vêm a público” e entende que “pode pôr em causa o grande atrativo turístico, que é a segurança da cidade”.
Desafia Medina a “ser mais ativo, do que reativo” e a “equacionar o fim dos funcionamento dos espaços em regime after-hours (6 às 13h), pelos riscos que comportam”.