A Câmara de Lisboa mandou encerrar a discoteca Barrio Latino, após uma investigação por suspeita de tráfico de droga, depois de já ter dado ordens para restringir o horário de funcionamento, avançou o vice-presidente da autarquia.
À margem de um debate que decorreu na Assembleia Municipal, sobre “segurança e qualidade de vida noturna na cidade de Lisboa”, Duarte Cordeiro afirmou que “existem dois processos da PSP que estão a decorrer em paralelo”, sobre aquele espaço de diversão noturna.
Um dos processos está ligado à solicitação da “restrição de horário de funcionamento por indícios fundados de perturbação da tranquilidade pública e o outro devido a [suspeita de] tráfico de droga”, que levou à decisão de encerramento do estabelecimento, explicou o autarca.
O vice-presidente avançou que os proprietários “foram notificados” do encerramento do espaço, mas a decisão não tem efeitos imediatos, pois está dependente de uma Audiência Prévia de Interessados, que tem de decorrer nos 10 dias seguintes à notificação.
“Foi emitido um despacho de restrição de horário e outro despacho de encerramento“, acrescentou o autarca, explicando que, ao contrário da ordem de encerramento, a restrição “tem efeito imediatos”.
Na última sexta-feira, um segurança morreu, depois de ter sido baleado na cabeça à porta da discoteca Barrio Latino, onde trabalhava.
Já no sábado, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou que iria restringir o horário desta discoteca, depois de um pedido da PSP e de ter constatado que aquele estabelecimento “tem em curso várias contraordenações de autos de notícias elaborados após fiscalização da Polícia Municipal”.
Também no sábado, o ministro da Administração Interna assegurou que o Governo está a trabalhar com a Câmara de Lisboa e com as forças de segurança, de forma “concertada”, no caso da discoteca Barrio Latino.
// Lusa