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Macau regista mais um caso, o quinto importado em menos de três dias

Roman Pilipey / EPA

O Governo de Macau anunciou hoje mais um novo caso importado de infeção pelo novo coronavírus, o quinto em cerca de 72 horas, depois de 40 dias sem qualquer pessoa infetada.

Trata-se de um homem de nacionalidade filipina, de 31 anos, trabalhador não residente em Macau, explicaram as autoridades em conferência de imprensa.

O filipino saiu de Macau no dia 27 de janeiro para as Filipinas e regressou com destino a Hong Kong no dia 16 de março. No mesmo dia, efetuou a ligação a Macau de autocarro através da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

No dia 17 de março, queixando-se de dores de dentes e erupção cutânea foi a um hospital e “foi classificado como um caso de risco médio”, detalharam.

Depois de 40 dias sem novos casos de Covid-19, Macau registou entre segunda-feira e hoje cinco novos casos importados, um de Portugal, um de Espanha, outro do Reino Unido e outros dois hoje: Indonésia e Filipinas.

Antes destas cinco confirmações, Macau registava dez casos de infeção com o vírus da Covid-19, tendo todos já recebido alta hospitalar. Agora, são 15 o número de pessoas em Macau infetadas desde que o surto começou.

A informação foi divulgada no dia em que entrou em vigor o fecho quase total das fronteiras do território, onde só vai ser permitida a entrada dos residentes de Macau, da China continental, Hong Kong e Taiwan e dos trabalhadores não residentes de Macau.

Na terça-feira entrou em vigor a quarentena quase total a todos aqueles que entrem no território, de forma a conter casos importados, após mais de um mês sem detetar infeções pelo novo coronavírus.

Esta medida é imposta a todas as pessoas que viajaram em países nos 14 dias anteriores à entrada no território, com exceção da China continental, Taiwan e Hong Kong.

Estas duas decisões por parte do Governo de Macau chegam numa altura em que muitos residentes do território regressam a Macau devido ao crescente número de casos de Covid-19 registados na Europa.

Quem regressar de uma zona alta incidência, como é o caso da Europa e dos Estados Unidos, terá obrigatoriamente de fazer quarentena de 14 dias num dos dois hotéis designados pelas autoridades.

“A propagação agora está a ser de alta escola a nível mundial”, frisou hoje, na mesma conferência de imprensa, a coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou.

“Há uma forte possibilidade de casos importados aparecerem em Macau”, daí a importância do controlo fronteiriço e das normas de quarentena impostas no início da semana, sublinhou.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

A China registou nas últimas 24 horas 11 mortos e 13 novos casos infeção pela Covid-19, mas só um é de Wuhan, todos os outros 12 são importados.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

// Lusa

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