António Costa começou nesta quarta-feira a primeira ronda negocial com os potenciais aliados do PS para uma eventual geringonça 2.0. Livre e PAN foram os primeiros a ser ouvidos.
O primeiro-ministro António Costa, já indigitado por Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou um longo dia de conversações com Livre, PAN, PEV, PCP e Bloco de Esquerda, para avaliar as possibilidades para a formação de um novo modelo governativo.
A maratona começou na sede do Livre, onde o partido já se mostrou disponível para acordo, mas apenas se toda a esquerda entrar.
“O Livre tem todo o interesse em contactar e falar com todos os partidos políticos com uma ótica democrática. Neste exato momento, não temos interesse numa convergência bilateral com nenhum, mas consideramos absolutamente necessário que haja uma continuação de uma convergência e defendemos e estamos disponíveis para participar numa união à esquerda que seja multipartidária”, disse a primeira deputada eleita pelo Livre, Joacine Katar Moreira, à saída da reunião, citada pelo ECO.
António Costa disse que “há campo de trabalho” para um acordo com o Livre. Caso não haja acordo multilateral, frisa que irá “trabalhar relativamente a cada uma das iniciativas”.
O primeiro-ministro considerou ainda que os dois partidos encontraram áreas de convergência, nomeadamente na Lei da nacionalidade, na preparação para a próxima presidência da União Europeia e no Green New Deal.
O Livre já garantiu que não vai apresentar uma moção de rejeição ao programa do Governo. “No ato eleitoral os portugueses não elegeram o executivo de 2019 a 2021”, explicou Joacine Katar Moreira.
Numa tentativa de criar uma geringonça com os cinco partidos à esquerda, Costa reuniu-se depois com o PAN, na sede do partido. À saída do encontro, o deputado André Silva repetiu a ideia de que o PAN está “disponível para aprofundar uma relação com o PS em apoios pontuais”.
Vincando que foi apenas “uma primeira reunião”, André Silva revelou que “na próxima semana”, as negociações vão prosseguir para ver se há “possibilidades para alargar estes entendimentos”.
O líder do PAN reforçou ainda que o mais “importante” para o seu partido é “fazer avançar” as suas “propostas e causas e que exista estabilidade governativa“.
Depois de André Silva falar à comunicação social, António Costa sustentou que há “pontos de convergência” com o PAN, repetindo a ideia da importância de “haver estabilidade”, seja com acordo ou sem acordo formal entre partidos.
“A forma não é a questão de fundo”, constatou Costa, salientando que “o que é mais importante é primeiro saber e confirmar que há condições para iniciar a governação”.
Ainda nesta quarta-feira, António Costa vai reunir-se com Os Verdes pelas 14 horas e com o PCP às 16 horas. O último encontro é com o Bloco de Esquerda pelas 18 horas.
É tão estranho… o kostinha vai reunir com todos os partidos da esquerda, mas nem fala em ter qualquer contacto com os outros partidos que têm representação parlamentar. Porque será??? Fazem assim tanta moça às directrizes esquerdistas??? Não estamos numa democracia? Pois. Parece mais estarmos numa ditadura de esquerda, não???
Caso os srs. das “esquerdas democráticas” não se entendam, há sempre a possibilidade de um governo de iniciativa presidencial. É uma figura prevista na CRP e que no caso de muitos problemas na formação de governo e na aprovação do Programa de Governo, o PR pode lançar mão para ultrapassar quaisquer constrangimentos…
O articulista M.de Almeida deveria saber, que a poligamia é ilegal em Portugal, mesmo se na Guiné é tolerada !
O importante é haver um governo estável para mais uma legislatura. O PS, embora sem maioria, ficou numa posição confortável, para diferentes acordos parlamentares, umas vezes à esquerda, outras vezes com o PSD…E porque não chegarem todos a acordo, na maioria das medidas que vão ao encontro do bem estar das pessoas e Famílias?
Interessante que o símbolo do Livre é uma papoila que é também o símbolo do ópio e da droga. Coincidência?!?
Tenho para mim que o Livre é uma ameaça de prisão.