Três dezenas de lesados do papel comercial do BES, sobretudo emigrantes, estão desde o início da manhã concentrados frente à agência do Novo Banco no Largo do Toural, no centro de Guimarães, exigindo o reembolso do dinheiro investido.
Ali concentrados desde cerca das 10h, alguns manifestantes envergam t-shirts e cartazes escritos em francês com reivindicações ao Governo e, por entre o som das buzinas e apitos, ouvem-se slogans como “são uns ladrões”, “é uma vergonha” e “vive la France“.
Contactado pela agência Lusa, Luís Marques, dirigente do Movimento dos Emigrantes Lesados (MEL), demarcou-se, contudo, da organização do protesto, esclarecendo que “qualquer ajuntamento não é da autoria” do MEL, mas da iniciativa dos manifestantes, já que o movimento não recebeu as necessárias autorizações por parte da Câmara de Guimarães.
Fonte da autarquia referiu, no entanto, à Lusa que “nada foi proibido”, até porque a organização da manifestação cumpriu todos os requisitos exigidos na lei.
“Recebemos um e-mail da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) na sexta-feira, às 15h31, que encaminhamos para a Polícia Municipal e para a PSP. Cumpriram-se as 48 horas necessárias”, esclareceu a autarquia.
“Uma vida de economias” perdidas
Carminda Lima, 56 anos, natural de Viana do Castelo, mas emigrante em França desde bebé, disse à agência Lusa ter-se deslocado a Guimarães para protestar contra o facto de ter perdido “uma vida de economias”.
“Os meus pais habituaram-nos a fazer economias e era aqui em Portugal que as deixávamos. O que o banco nos disse é que era um produto garantido”, afirmou, assegurando: “Portugal era o nosso país, mas hoje já não é, por isso trago a bandeira francesa“.
Para Carminda, os emigrantes foram “o melhor alvo” do BES porque era “onde havia muitas economias para ir buscar”.
Devido à manifestação – mais uma das várias que os lesados do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) têm vindo a protagonizar um pouco por todo o país – a agência do Novo Banco no Largo do Toural não chegou ainda a abrir portas esta segunda-feira.
Frente à dependência do banco encontram-se três polícias, a que se juntam alguns outros agentes distribuídos pelo Largo do Toural, mas o protesto tem decorrido sem incidentes.
O BES, tal como era conhecido, acabou a 3 de agosto de 2014, quatro dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.
O Banco de Portugal, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num “banco bom”, denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos, no BES, o “banco mau”, que ficou sem licença bancária.
Há duas semanas, o Banco de Portugal anunciou ter recebido uma das três propostas finais revista para a compra do Novo Banco. O Banco de Portugal esclareceu, no entanto, que, apesar de só uma ter sido revista, “as propostas vinculativas recebidas no dia 30 de junho continuam integralmente válidas, tendo sido entretanto objeto de clarificações no âmbito das discussões havidas com cada um dos três potenciais compradores”.
Assim, mantêm-se na corrida à compra do Novo Banco três candidatos: os grupos chineses Fosun e Anbang e o grupo norte-americano Apollo.
/Lusa
Crise do BES
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Esta crise com os lesados do BES já se arrasta , vergonhosamente à demasiado tempo. Num caso como este existe o dever moral de saldar as dívidas para com os depositantes! Arranje-se o capital suficiente e pague-se a quem confiou de forma cega nestes larápios da era moderna!! Seja através do Estado, Banco de Portugal ou do fundo que todos os bancos constituem para situações de crise! É inacreditável a forma como todos parecem sacudir a água do capote ao mesmo tempo que vão exibindo o seu estatuto de Administradores sem ponta de reparo, vestidos a rigor e com vidas super confortáveis! Até mesmo o Ricardo Salgado, preso com pulseira eletrónica na sua mansão? Até quando?? O que é necessário para que a casa seja vendida e o lucro distribuído pelos lesados?? Um simples cidadão comum já estaria a viver na valeta ou a recorer a instituições de caridade! Alguém que faça passar esse sujeito pelas mesmas privações, reduza-o a um nível de sobrevivência mínima, para que ele tenha tempo de se arrepender de tudo o que fez. Pois ninguém se arrepende de nada, a viver no luxo e na riqueza, bem vestido, bem montado e bem alimentado!!!
vive la France?!
Então que vão para lá fazer barulho!!
Foram a correr, feitos “gulosos”, investir em papel comercial (e nem lêem (ou não sabe ler!) o que assinam),e, agora querem o quê?!
Papel comercial garantido?! Onde?!
Foram o melhor alvo porque são ignorantes e gananciosos (mas armam-se em espertos); correu mal e agora fazem-se de “coitadinhos”…
Coitados; investem em papel comercial, mas, como deu para o torto, agora ninguém sabia de nada e forma todos enganados…
Enfim…
Que confusão…
Depositantes?!
Nenhum depositante do BES perdeu qualquer tostão!!
Estes investiram em papel comercial do GES; o que é bem diferente!!
Pode haver alguém que tenha sido enganado, mas, a maioria foi informada E ASSINOU, logo, agora não se podem queixar!!
vive la France?!
Então que vão para lá fazer barulho!!
Foram a correr, feitos “gulosos”, investir em papel comercial (e nem lêem (ou não sabe ler!) o que assinam),e, agora querem o quê?!
Papel comercial garantido?! Onde?!
Foram o melhor alvo porque são ignorantes e gananciosos (mas armam-se em espertos); correu mal e agora fazem-se de “coitadinhos”…
Coitados; investem em papel comercial, mas, como deu para o torto, agora ninguém sabia de nada e forma todos enganados…
Enfim…