A Justiça “deveria preocupar-se” depois das palavras de Ana Gomes

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O congresso do PS teve dois alvos principais. Um deles foi a Justiça, que já está a marcar a campanha eleitoral.

Vieira da Silva, Ferro Rodrigues, Ana Gomes ou António Vitorino. Todos falaram sobre a Justiça no congresso do Partido Socialista (PS).

O novo líder Pedro Nuno Santos ainda tentou, esforçou-se para desviar o assunto, mas no sábado o que mais se ouviu foram críticas à Justiça.

Foi o segundo alvo principal do congresso do PS, além do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Raquel Abecasis repete uma ideia que está clara: a Justiça já está a intervir na campanha eleitoral para as legislativas de Março. Já antes deste congresso, na semana anterior, falava-se das dúvidas à volta de uma casa de Luís Montenegro.

“Claro que a Justiça tem de seguir o seu caminho e tem os seus timings próprios, e podemos tender a compreender tudo isso”, começou por dizer a antiga candidata independente pelo CDS.

No entanto, a comentadora na rádio Observador lembrou as palavras recentes de Ana Gomes, a socialista que disse que “só um tonto é que não percebe que há aqui uma estratégia da Justiça para atacar o Pedro Nuno Santos”.

Raquel Abecasis avisa: “Se alguém com responsabilidades já se sente à vontade para dizer isto, acho que a Justiça se deveria preocupar com isso – no sentido de trabalhar melhor a comunicação, gerir melhor a forma como as informações como chegam cá fora, até para proteger o país”.

“Não podemos começar a achar, ou que nenhum caso é caso, ou que qualquer caso é capaz de derrubar um Governo”, comentou.

Não podemos entrar nesta normalidade, nem para o lado positivo, nem para o lado negativo. Porque acho que isso vai acabar por nos destruir a todos“, avisou a especialista, que lamenta a “incompetência” da Justiça na comunicação e na gestão da sua própria actuação.

Na noite de domingo, já depois do congresso do PS, a mesma Ana Gomes assegurou: “Não houve nenhuma orientação concertada para falar de Justiça”.

ZAP //

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3 Comments

  1. Calma.
    Com tempo ainda chegará ao “inocente” Cavaco Silva,
    Esse que se apresenta como quem não parte um prato,,
    mas deixa o louceiro vazio.

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