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Jerónimo acusa Rio de falsidade (e diz que Avante! foi um “êxito”)

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José Sena Goulão / Lusa

O secretário-geral do PCP acusou, este sábado, o presidente do PSD de falsidade por não querer o aumento do salário mínimo, mas depois defender a canalização do dinheiro europeu para as empresas.

“Assistimos, recentemente, à posição do PSD, pelo seu responsável principal, em que dizia que não se deveria aumentar o salário mínimo nacional a pensar, fundamentalmente, nas empresas. E, agora, recentemente disse outra coisa, nomeadamente que é importante que o dinheiro que vem de fora vá para as empresas porque são elas que criam a riqueza. Que grande falsidade“, atirou Jerónimo de Sousa, no encerramento de um encontro do partido, no Porto.

O comunista referia-se ao facto de Rui Rio afirmar que é demagogia querer aumentar o salário mínimo nacional no atual contexto da economia, fragilizada pela pandemia de covid-19.

E, posteriormente, defender que os fundos europeus devem ter como “objetivo principal fortalecer as empresas”, mas disse não ter “tabus ideológicos” contra o investimento público, que deve funcionar como “complementar”.

Jerónimo de Sousa lembrou que quem cria a riqueza são os trabalhadores que laboram nas empresas anos e anos.

Para o líder comunista, as palavras do Governo de Passos Coelho (PSD), nomeadamente a teoria de que é preciso cortar salários, são agora “repetidas no essencial” pelo atual presidente do PSD.

As palavras do Governo de Passos Coelho, palavras repetidas no essencial agora também por Rui Rio quando diz que não se deve aumentar salários e que é preciso que o dinheiro vá para as empresas”, frisou.

Para o PCP é claro que não há soluções para os problemas nacionais sem investir e valorizar o trabalho e os trabalhadores e sem aumentar salários, sublinhou.

Se os trabalhadores tiverem mais dinheiro consomem mais no mercado interno, o que é bom para o desenvolvimento económico, considerou o secretário-geral.

Festa do Avante! foi um “êxito”

Jerónimo de Sousa afirmou que a pandemia de covid-19 tem “as costas largas” e, em seu nome, pensaram em proibir as comemorações institucionais e populares do 25 de abril e do Dia do Trabalhador, tendo sido a Festa do Avante! o “alvo preferencial”.

“O alvo preferencial era a Festa do Avante!, melhor dizendo, o PCP. Juntaram-se todos num arrepiante discurso terrorista, argumentando de que isto ia ser o fim do mundo, de que íamos alegremente para o suicídio coletivo, eu sei lá as barbaridades que não disseram, desde o Presidente da República até a este ou aquele pequeno partido”, disse.

O comunista considerou que o partido demonstrou “sentido de responsabilidade, coragem e determinação” e, foram estas características, que fizeram com que o Avante! fosse em condições “tão difíceis” um “grande êxito político que serviu de exemplo para muitos partidos comunistas na Europa”.

Se o PCP não realizasse a festa, neste momento, estaria a discutir-se uma “coisa bem pior”, designadamente o congresso do partido, entendeu.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Quando o Sr Jerónimo de Sousa olha de manhã para o espelho ele canta assim; “Estou velho, mas disfarço muito bem
    Tão velho, não vás contar a ninguém…”

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