É “inevitável” que a máscara caia até ao final de abril

Patricia De Melo Moreira / EPA

Raquel Duarte, a responsável pelo grupo de peritos encarregue de aconselhar o Governo sobre as medidas contra a covid-19, entende que é “inevitável” que a máscara caia até ao final deste mês.

Em declarações ao Expresso, a especialista Raquel Duarte explicou que, “nesta altura, todos os parâmetros estão controlados, excerto a mortalidade, mas sem preocupação”. “Estamos muito tranquilos”, sublinhou, acrescentando que “é inevitável que o uso obrigatório de máscara [nos espaços interiores públicos, transportes, escolas ou salas de espetáculos] caia nas próximas duas a três semanas“.

“Para já, vamos esperar para avaliar o efeito da Páscoa, festividade que junta a família, incluindo os mais idosos. É preciso, por isso, aplicar o que todos já sabem”, adiantou a perita, referindo que sem um aumento da mortalidade e com a chegada do bom tempo, “a utilização da máscara passará a ser apenas recomendada, e em situações de risco”.

“Temos o vírus a circular na comunidade e assim vai manter-se, mas sem impacto nos internamentos ou mesmo na mortalidade, apesar de ainda estarmos ligeiramente acima do critério definido”, pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, de 20 mortes em 14 dias por milhão de habitantes. O indicador tem variado, desde o início de abril, entre as 28 e as 30 mortes.

Como será necessário esperar até ao fim do mês para avaliar o impacto da Páscoa e, assim, decidir o levantamento desta restrição, as escolas iniciam o 3.º período com obrigatoriedade do uso de máscaras nas salas de aula para todos os alunos a partir do 2.º ciclo e para os professores de todos os níveis de ensino.

Na segunda-feira, em entrevista à Rádio Renascença, Graça Freitas pediu mais um “pequeno esforço” na Páscoa, porque “vamos conviver mais e entre várias gerações familiares”, e defendeu que ainda não chegou o momento de abandonar a máscara nos espaços fechados.

Para a diretora-geral da Saúde, há que “jogar com segurança e não perder nada do que já foi adquirido” e, por isso, considera ser prudente “esperar mais uns dias”.

ZAP //

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