“Temos que jogar pelo seguro”. Ainda não é altura de deixar as máscaras

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Miguel A. Lopes / Lusa

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas

Graça Freitas pede mais um “pequeno esforço” na Páscoa, porque “vamos conviver mais e entre várias gerações familiares”.

A diretora-geral da Saúde sublinha que ainda não chegou o momento de abandonar a máscara nos espaços fechados.

Em entrevista à Renascença, Graça Freitas defende que há que “jogar com segurança e não perder nada do que já foi adquirido” e, por isso, considera ser “seguro esperar mais uns dias“.

A diretora-geral da Saúde admite que, apesar dos indicadores estarem a descer, “a mortalidade ainda não atingiu aquele valor que impusemos — que é a mortalidade baixar de 20 óbitos por milhão de habitantes a 14 dias — o que trará outro pacote de medidas menos restritivas”.

“É melhor não abrirmos mão de todas as medidas, se ainda não estivermos consolidados nas descidas”, acrescenta. “Porque quando se abrem medidas há uma ligeira inflexão e uma ligeira subida do número de casos”.

Quando questionada sobre quanto tempo mais para os portugueses deixarem de utilizar máscara em espaços fechados, Graça Freitas não arrisca uma data.

Não obstante, salienta que se a mortalidade mantiver a tendência decrescente, dentro de dias a medida pode deixar de ser obrigatória.

Graça Freitas lembra que a Páscoa é uma altura que reúne as famílias para celebrarem as festividades e pede o cumprimento de algumas restrições.

“É boa medida ainda mantermos algumas restrições, nomeadamente, mais um pequeno esforço para continuar a usar a máscara e alguma distância social nestes convívios”, realça a diretora-geral da Saúde.

Nesta altura de maior convívio “vamos estar com várias gerações e os mais velhos, os mais vulneráveis, os mais doentes, têm que ser protegidos pelos mais novos“.

“Quanto à Páscoa, é continuar a usar máscara, manter o distanciamento social e evitar aglomerados”, insiste Graça Freitas.

A incidência de novos casos de covid-19 em Portugal não era tão baixa desde o Natal: na semana entre o final de março e o início de abril foram confirmados 61.988 novos casos, menos 8.093 em relação à semana anterior.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) registou a morte de 145 vítimas da covid-19 entre 29 de março e 4 de abril, menos cinco em relação à última semana.

A mortalidade é atualmente de 14 mortes por milhão de habitantes a 7 dias, com a mortalidade a 14 dias nos 29 óbitos por milhão de habitantes, acima do limite de 20 definido pelo Governo para o fim de restrições, como a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços interiores.

ZAP //

2 Comments

  1. 11 de abril: ainda é cedo para deixarmos as máscaras.
    22 de abril: sois livres, queimem as máscaras, já ninguém vos obriga a usá-las.

    Esta Graça é uma comédia…

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