A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) determinou, esta quinta-feira, a suspensão das missas em todas as igrejas a partir de sábado.
Em comunicado, citado pelo jornal online Observador, a Conferência Episcopal Portuguesa determinou a suspensão da celebração da Eucaristia a partir deste sábado. A catequese e outras atividades pastorais que impliquem contacto também ficam canceladas até novas orientações.
Na mesma nota, a Conferência Episcopal justificou a decisão com a “extrema gravidade da situação pandémica” em Portugal e a necessidade de “ter o máximo de precauções sanitárias para evitar contágios, contribuindo para ultrapassar esta situação”.
Na semana passada, quando anunciou as medidas do novo confinamento geral, o primeiro-ministro, António Costa, referiu que as missas e outras celebrações religiosas seriam permitidas de acordo com as normas da Direção-Geral de Saúde (DGS).
Na altura, a Igreja decidiu, desde logo, que ficavam suspensas ou adiadas as celebrações de batismos, crismas e casamentos.
Quando anunciou as medidas de apoio ao setor da Cultura, a ministra Graça Fonseca foi questionada pelos jornalistas com o facto de muitas pessoas criticarem o facto de as missas poderem continuar a acontecer quando, ao mesmo tempo, os equipamentos culturais tiveram de fechar portas.
Na altura, a governante justificou-se com a Constituição portuguesa e com o direito à liberdade religiosa. “Em momento algum foi suspenso o direito à liberdade religiosa. Não foi suspensa no primeiro confinamento e não foi suspensa agora”, afirmou, destacando ainda que, em março de 2020, as missas não se realizaram por própria iniciativa da Igreja.
Iniciativa da Igreja que volta a acontecer agora, a 21 de janeiro, numa altura em que Portugal enfrenta a pior fase da pandemia. Já morreram 9465 pessoas dos 581.605 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.