As visitas aos lares de idosos e as atividades nos centros de dia vão ser permitidas no novo estado de emergência, que começa às 00h00 desta sexta-feira. A Conferência Episcopal Portuguesa decidiu que suspender batismos, crismas e casamentos.
O decreto do Governo, divulgado na quarta-feira, que regulamenta o novo estado de emergência, autoriza “a visita a utentes de estruturas residenciais para idosos e para pessoas com deficiência, unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Integrados e outras respostas dedicadas a pessoas idosas, bem como para atividades realizadas nos centros de dia”.
No primeiro confinamento geral, em março, a proibição de visitas aos lares foi uma das primeiras medidas restritivas adotadas e uma das últimas a ser levantadas.
O decreto do Governo prevê ainda que possam ser sujeitos a testes de diagnóstico do novo coronavírus “os trabalhadores, utentes profissionais de comunidades terapêuticas e comunidades de inserção social, bem como dos centros de acolhimento temporário e centros de alojamento de emergência, e, quando aplicável, visitantes de estruturas residenciais para idosos, unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e de outras estruturas e respostas dedicadas a pessoas idosas, a crianças, jovens e pessoas com deficiência, bem como a requerentes e beneficiários de proteção internacional e a acolhimento de vítimas de violência doméstica e de tráfico de seres humanos”.
Cabe ao “responsável máximo” destas instituições a determinação da realização dos testes de diagnóstico.
O seguimento clínico de doentes covid-19 nestas estruturas residenciais e de apoio volta a ser entregue aos centros de saúde locais sempre que não haja necessidade de internamento hospitalar.
Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros desta quarta-feira, que aprovou o decreto que regulamenta o estado de emergência, o primeiro-ministro, António Costa, disse ainda que “as medidas de apoio ao setor social serão reforçadas” para que possa “enfrentar melhor” a nova fase da pandemia.
Igreja suspende batismos, crismas e casamentos
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) decidiu que ficam suspensas ou adiadas as celebrações de batismos, crismas e casamentos, face ao que classifica como “gravíssima situação de pandemia” que Portugal vive.
“Estamos conscientes da gravíssima situação de pandemia que vivemos neste momento, a exigir de todos nós acrescida responsabilidade e solidariedade no seu combate, contribuindo para superar a crise com todo o empenho”, refere a CEP numa nota de imprensa.
Tendo em conta as orientações governamentais decretadas para o confinamento, a CEP salienta que são mantidas as celebrações litúrgicas, nomeadamente a eucaristia e as exéquias (cerimónias fúnebres e funerais), segundo as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa de 8 de maio de 2020, emanadas em coordenação com a Direção Geral da Saúde. Todas as restantes celebrações devem ser suspensas ou adiadas.
“Outras celebrações, como Batismos, Crismas e Matrimónios, devem ser suspensas ou adiadas para momento mais oportuno, quando a situação sanitária o permitir”, refere a CEP, adiantando também que a catequese continuará em regime presencial onde for possível observar as exigências sanitárias, de contrário, pode ser por via digital ou cancelada.
A Conferência Episcopal Portuguesa recomenda ainda que outras atividades pastorais se realizem de modo digital ou sejam adiadas.
“A nossa celebração da fé abre-nos ao Deus da misericórdia e exprime o compromisso solidário com os esforços de todos os que procuram minimizar os sofrimentos, gerando uma nova esperança que, para além das vacinas, dê sentido e cuide a vida em todas as suas dimensões”, acrescenta a CEP.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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