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Lares britânicos recomendam que os idosos assinem cláusula de “não-reanimação”

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Lares britânicos recomendaram aos mais velhos que assinassem uma cláusula de “não-reanimação” para que as camas dos hospitais não fossem ocupadas por pessoas com uma menor probabilidade de sobreviver.

No Reino Unido, surgem denúncias de que lares de idosos estão a recomendar que os utentes mais velhos assinem uma ordem de “não-reanimação” para evitar a sobrelotação das camas dos hospitais por pessoas com uma menor probabilidade de sobreviver. O The Guardian escreve que esta cláusula estava incluída no plano de saúde dos idosos, sem que eles ou as suas famílias tenham sido devidamente informados.

A Comissão da Qualidade de Cuidados, organismo britânico que escrutina os cuidados de saúde, classifica a prática como “inaceitável”.

O Expresso explica que é relativamente normal os seguros de saúde dos mais velhos terem esta cláusula, uma vez que a reanimação quase sempre causa traumas físicos e psicológicos. No entanto, muitos deles estão agora a ser obrigados a assinar estas declarações “sob pressão” das enfermeiras ou médicos dos lares.

Alguns dos idosos que inicialmente rejeitaram esta cláusula no seu seguro de saúde, foram agora convencidos a assiná-la.

O Serviço Nacional de Saúde do País de Gales emitiu um pedido de desculpas públicas após um consultório médico ter recomendado a pacientes com doenças prévias que assinassem este tipo de documentos.

“Gostaríamos de pedir-lhe que preenchesse um formulário DNAR [Do Not Attempt Resuscitation] que possamos partilhar com os serviços de saúde locais. Isto significa que, em caso de deterioração repentina da sua condição devido a infeção com covid-19, os serviços de emergência não serão chamados e tentativas de ressuscitação para reiniciar o batimento do seu coração ou a sua respiração não será tentadas”, lia-se na nota enviada aos utentes do centro de saúde em Port Talbot.

“É inaceitável que estes planos de saúde, com ou sem estes formulários, sejam acionados para um grupo de pessoas indiscriminadamente. Estas decisões continuam a ter de ser tomadas individualmente, caso a caso”, realça o Serviço Nacional de Saúde gaulês.

ZAP //

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