O presumível autor do homicídio da deputada trabalhista britânica Jo Cox é “apoiante devoto” da Aliança Nacional, um grupo neonazi com base nos Estados Unidos.
Segundo o Southern Poverty Law Centre, uma organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos cívicos, o atirador identificado pelos meio de comunicação britânicos como Thomas Mair, tem uma “longa história com o nacionalismo branco“.
“De acordo com os arquivos obtidos pelo Southern Poverty Law Centre, Mair era um adepto devoto da Aliança Nacional, que durante décadas foi a organização neonazi mais importante dos Estados Unidos”, informou a ONG que monitoriza grupos extremistas com o objetivo de combater o ódio.
Segundo o Southern Poverty Law Center, Mair gastou mais de 620 dólares (550 euros) em material de leitura da Aliança Nacional, grupo que apelou à criação de uma nação povoada exclusivamente por brancos e à erradicação do povo judeu.
Jo Cox, de 41 anos, conhecida por fazer campanha pelos direitos dos refugiados e pela permanência da Grã-Bretanha na União Europeia, foi atingida a tiro e apunhalada em plena rua na cidade de Birstall, no norte de Inglaterra, esta quinta-feira.
Pouco tempo depois, a polícia deteve o alegado atirador, um homem de 52 anos, descrito pelos vizinhos como um “solitário” e identificado pela imprensa como Thomas Mair.
Os seus motivos permanecem desconhecidos, mas segundo uma testemunha citada pelos meios de comunicação social, o homem gritou “Britain first” (“Grã-Bretanha primeiro”) durante o ataque.
Segundo o seu irmão, Scott Mair, o homem tinha problemas mentais e estava em tratamento.
“Ainda não consigo acreditar. O meu irmão não é violento e não é de todo politizado”, disse ao jornal Daily Telegraph.
A morte de Cox motivou a suspensão de todos os atos de campanha do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia que estavam previstos para esta sexta-feira.
O primeiro-ministro conservador, David Cameron, anulou a sua participação num comício em Gibraltar para defender a opção da permanência na UE e evitar o designado Brexit.
/Lusa
Brexit
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Por toda a Europa deviam ser proibidos todos os partidos extremistas, tanto de direita como de esquerda. Nenhum extremismo é bom, são todos a mesma cambada e igualmente perigosos.
Acho piada, quando há homicídios por pessoas de extrema direita, falam sempre da extrema esquerda como se fosse igual, mas nunca conheci um caso destes, de ataque de ódio a civis por pessoas de extrema esquerda…
Como a claque ILEGAL do Benfica NO NAME BOYS que tem dois SS iguais aos da SS NAZI.