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Há um segundo delator de Trump. Diz ser testemunha direta no caso da Ucrânia

Peter Foley / EPA

O advogado que representa o denunciante que escreveu a queixa onde Donald Trump é acusado de chantagear a Ucrânia em troca de ajuda contra um rival político avançou este domingo que há uma segunda testemunha da chamada do Presidente dos EUA que já reportou o caso ao inspetor-geral dos EUA.

O novo denunciante diz ter testemunhado presencialmente algumas das alegações que são atribuídas a Donald Trump no queixa do primeiro denunciante, que elaborou o relatório baseando-se nos relatos de várias fontes dentro da Casa Branca e não esteve presente durante os casos que elenca.

A notícia foi dada à ABC News, de acordo com o Observador, por Mark Zaid, advogado que representou até agora o primeiro denunciante e que agora tem o segundo também como seu cliente.

Ambos os denunciantes permanecem anónimos. Ainda assim, o The New York Times escreveu que o primeiro denunciante é um funcionário da CIA especializado na Ucrânia e que foi destacado para a Casa Branca durante um período que já terá terminado.

O segundo denunciante será uma entre “mais de meia dúzia de pessoas” que, de acordo com o que o primeiro denunciante escreveu na queixa que apresentou contra Donald Trump, terão testemunhado os atos descritos naquele documento.

Na sexta-feira, o The New York Times já tinha escrito que um segundo denunciante se preparava para apresentar uma queixa formal contra Donald Trump a propósito do caso com a Ucrânia. Porém, à ABC News, o advogado Mark Zaid não confirmou se o segundo denunciante de que agora se sabe é a mesma pessoa que referia o jornal norte-americano.

Nancy Pelosi deveria ser “destituída por traição”

Numa publicação, Donald Trump sugere que a presidente da Câmara dos Representantes compactuou com mentiras ditas pelo democrata que lidera o processo de “impeachment”. Trump acusa ainda Adam Shiff, deputado democrata que lidera a investigação contra o Presidente, de proferir declarações falsas e de se reunir ilegalmente com o denunciante.

Donald Trump já tinha sugerido na semana passada que o congressista que supervisiona o processo para a sua destituição, Adam Schiff, devia ser “preso por traição”.

O Presidente norte-americano foi acusado de pressionar o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar o seu rival político e ex-vice-Presidente Joe Biden.

Esta chamada, cuja transcrição foi revelada na última semana após a queixa de um denunciante, levou os democratas a darem início a um processo de impeachment presidencial. Na segunda-feira, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, recebeu uma intimação relacionada com os seus contactos com as autoridades ucranianas.

Mais tarde, o Governo australiano confirmou que houve uma segunda chamada, em que Donald Trump pressionou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, para que este o ajudasse a descredibilizar a investigação do procurador especial Robert Mueller. O governo australiano confirmou que a chamada aconteceu e que o primeiro-ministro concordou em ajudar.

A Casa Branca restringiu o acesso à transcrição da conversa telefónica entre o Presidente dos EUA e o primeiro-ministro da Austrália a um pequeno grupo de assessores. A decisão é invulgar mas semelhante à que foi tomada no caso da chamada com o Presidente da Ucrânia.

ZAP //

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