Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, confirmou nesta sexta-feira que o plano de desconfinamento, apresentado na ontem pelo primeiro-ministro, contempla o regresso de espetadores aos estádios e pavilhões desportivos. No entanto, o governante, remeteu a decisão final para a DGS.
“O plano de desconfinamento é claro e abre perspetivas ao regresso de público a eventos, seguindo as recomendações do trabalho técnico feito pelos especialistas. Também abre a perspetiva de regresso a eventos desportivos desse mesmo público, mas a decisão da presença de espetadores pertence, em última instância, à DGS e tudo está dependente da situação epidemiológica do momento em concreto”, frisou, numa conferência conjunta de apresentação das medidas de apoio à retoma.
Em causa está a possibilidade do regresso dos adeptos a partir de 19 de Abril e a partir de 3 de Maio – as datas exatas vão depender da dimensão dos eventos em causa.
“O compromisso do Governo com o sector do desporto é indiscutível e não é de hoje. Vem alavancar e facilitar o trabalho do Ministério da Educação. Tem sido um trabalho contínuo. Desde o início, houve uma preocupação constante com a salvaguarda do desporto, dentro das limitações impostas pela pandemia”, disse Brandão Rodrigues que também é responsável pela Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto.
Em termos económicos, o governante tinha já detalhada os contornos do Fundo de Apoio para a Recuperação da Atividade Física e Desportiva, anunciado na quinta-feira pelo Governo, colocando a tónica nos 30 milhões de euros atribuídos a fundo perdido aos clubes.
“Apesar de toda a flexibilização que existiu na disponibilização de fundos e de o desporto ter já beneficiado a de um conjunto de medidas que ascendem a 76 milhões de euros (entre a aplicação do regime de lay-off e os 26 milhões de flexibilização tributária), aprovámos um significativo apoio de 65 milhões de euros”, referiu.
Para o total contribuem os tais 30 milhões de euros de apoio direto, um acréscimo de três milhões de euros no Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas (PRID) e de dois milhões de euros no Programa Nacional de Desporto para Todos.
Os restantes 30 milhões serão disponibilizados através de uma linha de crédito, ao abrigo do Programa Federações+Desportivas, dirigida a federações com estatuto de utilidade pública desportiva.
Relativamente ao assunto, Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), disse esperar que em 19 de abril possa voltar a haver público nos estádios.
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