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Governo admite repor dever de recolhimento obrigatório em 19 freguesias

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José Sena Goulão / Lusa

O Governo admite vir a repor o dever cívico de recolhimento domiciliário em 19 freguesias da área metropolitana de Lisboa. O objetivo é travar a transmissão comunitária e ajudar a otimizar o trabalho dos serviços de saúde no terreno.

O Governo admite voltar ao dever cívico de recolhimento obrigatório em 19 freguesias de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) para travar os casos de covid-19, avança esta quinta-feira o jornal Público. O objetivo da medida é travar a transmissão comunitária e ajudar a otimizar o trabalho dos serviços de saúde no terreno.

O diário adianta que a decisão pode ser tomada no Conselho de Ministros desta quinta-feira, que irá aprovar legislação específica que permitirá agir em três níveis: o da proximidade residencial em 19 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa (AML), o de toda a AML e de todo o território nacional.

Com a nova metodologia de atuação nos concelhos e nas freguesias em situação de calamidade, a Saúde Pública será libertada para dedicar mais tempo aos inquéritos epidemiológicos e coordenar a vigilância dos casos referenciados.

A população daquelas freguesias com mais casos de covid-19 ficará obrigada ao dever cívico de recolhimento, podendo apenas sair à rua para atividades essenciais, como trabalhar, comprar bens alimentares ou medicamentos.

Estão em causa as seis freguesias do concelho da Amadora e as quatro de Odivelas. Em Sintra, as restrições abrangem Queluz-Belas, Massamá-Monte Abraão, Agualva-Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro e Cacém-São Marcos.

Em Loures, Camarate, Unhos e Apelação e Sacavém-Prior Velho são as freguesias abrangidas, enquanto em Lisboa apenas a freguesia de Santa Clara está incluída no dever de recolhimento obrigatório.

Na quarta-feira, a região de Lisboa e Vale do Tejo ultrapassou o Norte como a região mais afetada pela pandemia.

ZAP //

18 Comments

  1. Podem dar a ordem… Agora falta o ser cumprida e pessoas para controlarem.
    Enquanto não houver pesadas multas. Nada feito.

  2. O país está em “calamidade pública” desde a tomada de posse deste primeiro ministro e deste presidente da república. Todo o esforço que se possa fazer para conter esta “pandemia de súcialismo” é uma contribuição louvável para a sanidade nacional. Todo o português patriota deve pugnar para que seja montada uma cerca sanitária a S.Bento e apoiar o confinamento ideológico destes titulares de cargos públicos altamente contaminados.

  3. Mais uma inconstitucionalidade deste governo. Se fosse o Zé Povinho a cometer a infração já estava a comer pela medida grande. Como é o governo, é sempre para a frente.

  4. Uma VERGONHA… há vários anos que vivemos numa vergonha permanente, sem princípios nem dignidade cívica, que todos nós, pagantes de impostos, merecemos e temos que ter. Com esta gente, não iremos nunca ter e cada vez está pior.

  5. Se desde o início se tivesse obrigado as pessoas a usarem máscara desde que saem de casa até ao seu regresso, cumulativamente com as outras medidas impostas nomeadamente os ajuntamentos e que fosse obrigada a pagar uma multa avultada nada disto tinha acontecido nomeadamente o nº elevado de infectados e mortos.

    • O problema é que tivemos uma diretora da DGS e uma pseudo-ministra da saúde que durante semanas disseram à população para não usar máscara. Sabemos que o diziam porque, de facto, nem para os profissionais de saúde havia EPI’s em quantidade suficiente.
      Era preferível terem sido sinceras. Não o foram.
      Depois não nos podemos esquecer que se dependesse do primeiro-ministro nem tinha havido estado de emergência. O povo é que se barricou em casa ainda antes de ser declarado estado de emergência.
      E quanto ao desconfinamento recordemos os tristes episódios do 25 de abril e do 1º de maio. Perante isto, é natural que a população sinta que o regresso é tranquilo.
      Enfim… só disparates.
      O que esta gente tem de dizer é:
      – Uso sempre que possível de máscara (e não o contrário, afirmando apenas que deve ser usada em espaços fechados)
      – Afastamento de 2 metros de outras pessoas sempre que possível
      – Obrigação de circular pela direita sempre que possível nos passeios
      – Proibição total de ajuntamentos com mais de 10 pessoas (seja avante, 1º de maio, o que quer que seja; o exemplo tem de vir de cima)
      – Interdição da venda de álcool a partir das 20:00
      – Proibição de consumo de álcool na via pública
      – Utilização de vias rodoviárias sempre que possível para criação de esplanadas (há vias de circulação que podem ser cortadas e utilizadas para alargamento da área de esplanadas por restaurantes e cafés)
      – Aviso na primeira infração (se infração ligeira), multa na segunda infração e pena de prisão na terceira
      – E alertar que o vírus continua aí e que o regresso à normalidade é apenas necessário e desejável na medida em que a economia tem de funcionar de modo a assegurar o trabalho, o emprego e as entidades empregadoras. Caso contrário não se morre da doença mas morrer-se-á da cura.

  6. Recolhimento obrigatório em 19 freguesias!!!
    Não deviam de imediato tomar as medidas mais básicas/simples?
    Ao que vou verificando muitos dos “incumpridores” são jovens, quase de certeza estudantes, que simplesmente ignoram o cumprimento de regras básicas.
    Com o chegar das férias a situação só irá piorar…
    Porque não declarar o uso obrigatório de máscara a partir do momento em que se põem “o pé fora de casa”?
    À noite porque não colocar a policia municipal a controlar ajuntamentos de pessoas e o uso de consumo de bebidas em espaços públicos?

  7. Parece que as pessoas esqueceram que nasceram com um sistema imunológico.
    O objetivo é vacinação obrigatória. E para conseguir este objetivo têm que meter medo às pessoas e fazer a vida tão intolerável que cada um estaria disposto a aceitar seja o que for para a sua vida voltar ao “normal”.

    • Ó Mário.. o amigo está bem?! Não se automedique! Procure ajuda. Vai ver que passa! Mas procure com urgência porque aparenta já não estar bem da cabeça!

  8. De má orientação de uns e indisciplina de outros está este país cheio! Esta democracia é uma bandalheira onde se perdeu o sentido de responsabilidade e patriótico.

  9. Tenho para mim que a grande maioria destes comentaristas não sabem bem do que estão a falar.
    Que tal exigir dos governantes e responsáveis de saúde que informem o povo do que é realmente esta doença, como se transmite, quais os efeitos nos diversos estágios da doença desde a infecção à morte e como nos devemos proteger, isso é que era, mas não sabemos se esses senhores que muito falam têm esses conhecimentos, daí a “má orientação” e a aplicação de uma democracia nada democrática.
    É que, como alguém já disse de outra forma, há aqueles que são contra a falta de valores seja qual for o partido e aqueles que são a favor do partido seja qual for a falta de valores, sendo estes últimos em muito maior número.
    Depois temos aqueles que nada fazem, contribuindo assim para que os mais inaptos apliquem a sua “democracia ditatorial”, muito ditatorial…
    Assim vai o estado da nação e do mundo.

    • Sr. José Raúl, só vou referir-me a uma das suas frases: «exigir dos governantes e responsáveis de saúde que informem o povo do que é realmente esta doença, como se transmite, quais os efeitos nos diversos estádios da doença desde a infecção à morte e como nos devemos proteger».
      Ora essa exigência, Sr. José Raul, faz todo o sentido, mas as informações sobre a questão já foram dadas repetidas vezes. O problema é que são poucos aqueles que as leem ou que as ouvem e as assimilam.
      Em contra partida, são muitos os que não as querem ler nem ouvir. Como muitos são os que, lendo-as ou ouvindo-as, discordam delas, não as aceitam.
      Assim, nunca mais nos safaremos desta peste. O País definha. Receio que, como alguém há dias aqui comentava, se chegue ao ponto de se tentar resolver o problema a tiro.
      Sejamos pedagogos, pacientes, e continuemos cada um de nós, dentro das nossas possibilidades, a fazer o que temos de fazer, a cumprir o dever de informar, de alertar, mas também de exigir, perante os nossos concidadãos, que façam o mesmo, dentro e fora do reduto familiar, profissional ou lúdico de cada um.
      Bom fim de semana com esperança.

      • Caro sr. Sérgio O. Sá:
        Como o sr. tem informações que eu não possuo, solicito que me informe em relação às seguintes questões:
        1 – O que é e como age este vírus?
        2 – Onde é que o vírus ataca inicialmente?
        3 – Como é que este vírus se propaga?
        4 – Quais as protecções adequadas para evitar a propagação do vírus?
        5 – Quais os medicamentos que são aconselhados para aqueles que, testados positivamente, são enviados para casa em confinamento?
        6 – Qual é a fase de evolução da doença que obriga à hospitalização?
        7 – Qual é a fase de evolução da doença que obriga ao internamento em UCI?
        8- Qual é a fase de evolução da doença que obriga à utilização de ventiladores?
        9 – O ventilador, sendo invasivo, é administrado com o paciente acordado?
        10 – Dos mais de 800 ventiladores já entregues no nosso país, entre comprados e ofertados, quantos já foram necessários utilizar?
        11 – A utilização simples de viseiras é suficiente para protecção do utilizador e de terceiros?
        12 – Qual o tipo de máscara (entre as de pano, cirúrgicas, industriais com e sem válvula, e outras utilizadas) que protege melhor o utilizador?
        13 – Qual é o efeito real das máscaras?
        14 – As luvas que tipo de protecção conferem aos utilizadores?
        15 – Os cobre sapatos que protecção conferem?
        Há muitas mais perguntas mas, se conseguir responder a estas, considere-se mais bem informado do que o nosso primeiro ministro.
        Aguardo a sua amável resposta.

      • Caro D. G. S.:
        Não entendeu de onde vem a questão.
        O que eu comentei é que os nossos governantes deveriam informar o povo e educá-lo para a protecção contra esta doença, não apenas colocar uma FAQ que apenas algumas pessoas curiosas vão ler.
        Além de tímida, a informação disponibilizada carece de rigor, o que vindo da DGS não é de admirar, sendo contraditória às diversas leis que têm sido implementadas, em resumo, uma mão cheia de quase nada.
        O que sempre tenho defendido é que a educação deve vir antes da repressão, não basta fazer leis e colocar a polícia a fazer cumprir algumas, o estado tem o dever de explicar por que motivo faz diversas leis e as aplica de forma tão agressiva.
        Sem esta explicação passamos da “democracia”, que já poucos acreditam que é o regime em que vivemos, para uma ditadura.
        De qualquer modo, agradeço o seu cuidado em tentar-me elucidar, apesar de utilizar uma informação em que já não acredito, neste processo, há muito tempo, têm sido uns lacaios (papagaios) da OMS que também não se mostra nada credível, ontem disse uma coisa, hoje uma diferente e amanhã irá ainda dar informações contraditórias.
        Para mim, a DGS e o Min. da Saúde não têm vontade própria, não pensam pelas suas cabeças, limitam-se a “arrotar postas de pescada”, copiadas de outros organismos que servem pouco a verdade e a defesa do povo em geral, e aparecerem altaneiros como se de uns deuses se tratasse.
        Enfim, cada um acredita no que quer, é o efeito da politiquice.

  10. Mais uma mão cheia de nada .!!
    Proibições , de beber alcool na via publica , nova lei ??? mas sempre foi proibido, consumir alcool na via publica , nem com os agentes de autoridade , a salvaguardar a transgressão , triste exemplo nos cafés nos
    arredores do Superior Técnico , nunca vi ninguém a ser autuado .
    Uso de viseira e mascaras em ambientes fechados , ainda hoje presenciei , num café ao balcão , cliente sem
    mascara ou viseira !! E não é a primeira neste e noutros , que vejo .
    Ajuntamentos ??? Continuam !! Porque nunca se multou !! e agora vai multar-se ???
    Que adianta , tomar decisões a prazo , quando podem ser tomadas com entrada em vigor de imediato ???
    Porque não há recolher obrigatório , com controle de identificação nesse locais ????
    E mais não pergunto !
    Cuidem-se
    qualquer dia , em que as decisões não são implementadas , são quantos doentes a mais ??
    Será que alguns dos governantes , ” andam a brincar com quem trabalha ” ?? Descobre-se o virus numa empresa , mas não se vai testar os trabalhadores , da mesma empresa , mas noutro local !!
    Quem nos garante a sanidade doutros trabalhadores do grupo ??
    Porque é que uma pessoa infectada fica em casa, afastada da família , e os elementos da familia são testados , quando o infectado está quase a ter alta ?? Não há o perigo de contagio ??
    Porque não se faz o circo sanitário dessas localidades ??? É sempre a economia , os grandes grupos não podem ficar parados ?? Mas pudemos os outros correrem riscos acrescidos ???
    Porque se abriu o comercio , centro social , quando as grandes lojas estão em zonas de elevado nível de
    propagação ???

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