O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que o Governo está a preparar uma solução assente na Televisão Digital Terrestre (TDT) para assegurar as aulas no período em que as escolas estão encerradas por causa da pandemia da covid-19.
António Costa referiu-se a esta medida no programa de Cristina Ferreira, na SIC, depois de interrogado sobre as consequências para os alunos caso se prolongue pelo terceiro período escolar o encerramento dos estabelecimentos de ensino por causa da covd-19.
“Para todos os níveis educativos, estamos a trabalhar numa solução de rede de segurança, porque sabemos que muita gente não tem acesso aos conteúdos e às aulas que têm estado a ser ministrada online por computador”, declarou o primeiro-ministro.
O líder do executivo especificou depois que a solução que está a ser preparada “assenta na Televisão Digital Terrestre (TDT), que é acessível a toda a gente”. “Mas é uma coisa muito difícil. Quando havia tele-escola [décadas de 70 e 80] havia meia dúzia de disciplinas, mas agora há dezenas de disciplinas e é muito difícil organizar grelhas”, justificou.
Confrontado com o receio de famílias e de alunos de perderem o ano escolar por causa da suspensão das aulas presenciais, o líder do executivo afastou essa possibilidade.
“Temos de salvar o ano, assegurando a todos a maior justiça na avaliação, mas também as melhores oportunidades de terem o acesso educativo, porque a escola não é só avaliação. É também o conjunto de aprendizagens que se adquirem. Este é um ano [letivo] absolutamente extraordinário”, frisou.
Na conversa com Cristina Ferreira, em matéria de educação, António Costa fez questão de reforçar a ideia de que o seu executivo pretende criar essa rede de segurança assente na TDT “para aumentar a acessibilidade” às aulas.
Em paralelo, “através das escolas, vamos continuar a desenvolver todas as plataformas digitais que têm estado a ser utilizadas. E vamos estudar ao máximo as oportunidades de a escola poder reabrir na medida do possível”, disse, embora aqui sem adiantar qualquer expectativa em termos de calendário.
// Lusa
Não vejo qual o problema de agora serem mais disciplinas. Certamente a TDT pode ter quantos canais o Estado quiser. Basta criar um canal para cada ano. Não esquecer que grande parte dos Portugueses têm também tv por cabo, ou seja, conseguem gravar e andar para trás na box. Têm também acesso à internet.
Não há desculpas para que não consigam fazer isto funcionar. Aliás, isto já devia ter sido feito há anos.
As universidades deviam ter as aulas disponíveis num portal onde os alunos pudessem ver, descarregar as aulas e material associado ás aulas. Também daria uma ajuda enorme aos trabalhadores estudantes.
Isto só já não foi feito, porque não há vontade da parte das universidades.
… tem a vantagem da facilidade de utilização mas ao contrário das aulas à distância via internet, via TV (mesmo com a TDT) o conteúdo não é bi-direccional.