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Governo prevê pico de contágio por coronavírus em maio. Já há 169 infetados em Portugal

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José Sena Goulão / Lusa

O Governo prevê um pico de contágios por coronavírus em maio. A Direção-Geral da Saúde aponta para uma situação mais crítica na segunda semana de maio. O balanço feito este sábado aponta para 169 casos positivos em Portugal.

Este sábado, a Direção-Geral da Saúde aponta para 169 infetados pelo novo coronavírus em Portugal. São mais 57 casos do que na sexta-feira.

Dos 169 casos positivos, há 114 pessoas internadas, 10 das quais nos cuidados intensivos. O Norte continua a ser a região mais afetada com 24 dos novos doentes, aumentando de 53 para 77 os casos positivos. Na Grande Lisboa, o número de infetados aumentou de 46 para 73. No Algarve há mais um caso, (são agora sete), e na região centro somaram-se mais dois (oito casos).

O número de casos suspeitos é de 1.704, um número superior ao indicado na atualização de sexta-feira (1.308 pessoas). Há 11 cadeias de transmissão em Portugal, mantendo o mesmo número do dia anterior.

Nesta altura, existem 5011 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, um número inferior ao de ontem. Dos casos confirmados, 39 são importados de Espanha (12), França (7), Itália (13), Suíça (5), Alemanha/Áustria (1) e Bélgica (1).

Face a este aumento do número de casos, o Governo português não sabe quando poderá terminar o estado de alerta. Segundo o semanário Expresso, a estimativa de pico de contágios com que o Executivo está a trabalhar é de dez semanas, e é com base nestes números que a Direção-Geral da Saúde (DGS) está a trabalhar nas projeções, que indicam que o pico do surto só acontecerá na segunda semana de maio.

Depois disso, será ainda preciso que o número de casos baixe o suficiente para que o fim do estado de alerta não desencadeie uma nova sequência de contágios.

Na quinta-feira, o primeiro ministro António Costa avisou que “é muito provável que este possa ser um surto mais duradouro do que se possa ter estimado inicialmente” e Marcelo Rebelo de Sousa corroborou a mensagem horas depois.

Perante este cenário, o Governo tinha uma decisão a tomar: ou protegia a economia de uma queda abrupta ou tomava medidas de contenção mais fortes. O Conselho de Ministros acabou já de madrugada, com cinco ministros a explicar as 30 medidas de restrição à circulação e de compensação para empresas e trabalhadores.

Foi assim que o Executivo tomou a decisão de quase parar o país “numa fase muito mais precoce da propagação da doença“, ao contrário de Espanha e Itália, disse um governante ao semanário. O Governo quer conter o ritmo de propagação, por forma a dar tempo de resposta ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O membro do Governo explicou ao matutino que agora é tempo de comprar “mais ventiladores” e reorganizar os serviços hospitalares, adiando cirurgias “para termos capacidade de internamentos”. Na reserva estão equipamentos imprescindíveis para quando se atingir o pico da epidemia.

ZAP //

10 Comments

  1. Enfim, banir comentários que violem o Estatuto Editorial… Parece que andámos para trás 50 anos. Nem no tempo do Salazar… Já não há Liberdade de Expressão. Tanta gente a sofrer com o Coronavirus por esse Mundo fora e vêm estes armados em Ditadores. Fica o alerta: cuidado com essa gente.

    • Estas pessoas não acreditam na liberdade de expressão.
      Só subditos ao sistema e que repitam, à là papagaio tudo o que dizem, é que tem direito a expressar a opinião que copiou dos que mandam.
      Aqui só prémios Nobels é que podem comentar, repare no nível destes mamíferos que não têm opinião pessoal mas criticam quem-na tenha.

    • Caro leitor,
      Não faça confusão, nem espere que os outros a façam.
      Até ao limite do que possamos considerar mero spam, pode vir aqui dizer livremente que estamos numa ditadura e que os seus comentários não são aprovados.
      Mas não lhe são permitidos comentários insultuosos, discriminatórios, que apelem ao ódio ou à violência, que atentem à dignidade dos outros, ou que de qualquer forma violem o nosso Estatuto Editorial.
      Porque todas as vezes que o fez, poderia ter exercido livremente a sua liberdade de expressão sem o ter feito.

  2. O que me assusta mais é que foi com este mesmo governo que morreram mais de 100 pessoas nos incêndios. Acho que neste momento as fronteiras já deveriam estar encerradas, o estado de emergência já devia ter sido declarado e a quarentena deveria ser obrigatória. Parece-me que estamos mal entregues.

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