A ministra da Justiça pediu, esta sexta-feira, à Procuradoria-Geral da República a intervenção do Ministério Publico para a “instauração de ações indemnizatórias contra os promotores” da festa ilegal em Odiáxere, no concelho de Lagos.
“A ministra da Justiça solicitou, hoje, à Procuradoria-Geral da República a intervenção do Ministério Publico para, em representação do Estado, instaurar ações indemnizatórias contra os promotores do evento de Odiáxere, em Lagos, do qual resultou a infeção de mais de sete dezenas de pessoas, incluindo crianças”, lê-se numa nota enviada pelo Ministério Público.
A agência Lusa questionou a Procuradoria-Geral da República no sentido de saber se o Ministério Público vai abrir um inquérito para averiguar responsabilidades na organização da festa e se o promotor do evento já foi identificado pelas autoridades, mas não obteve resposta até ao momento.
As autoridades de saúde do Algarve já tinham manifestado, em conferência de imprensa realizada na terça-feira, a sua vontade em que fossem atribuídas responsabilidades aos organizadores do evento.
O número de infetados relacionados com a festa ilegal subiu para 90, casos que são maioritariamente de residentes no concelho, disse, hoje, a delegada regional de saúde do Algarve, em conferência de imprensa.
Segundo Ana Cristina Guerreiro, até ao momento “foram realizados 1222 testes” em Lagos, numa média de 250 por dia, número que espera que diminua hoje, “com alguns a realizar-se ainda durante o fim-de-semana”.
O grupo etário mais atingido é entre os 20 e os 29 anos, sendo que também já estão confirmadas infeções em crianças entre os zero e os nove anos.
A maioria dos casos positivos referem-se a pessoas residentes em Lagos, sendo que “nem todos estiveram na festa”, havendo já casos de infeção em familiares, sublinhou.
O foco de contágio teve origem numa festa de caráter ilegal, ocorrida em 7 de junho, no salão de festas do clube desportivo de Odiáxere, alegadamente para festejar um aniversário.
A festa decorreu entre as 18h00 e as 20h00, até que foi interrompida pela GNR, chamada ao local devido a várias queixas. Terão estado presentes neste evento cerca de cem pessoas.
Na festa participaram pessoas de diferentes concelhos e de várias nacionalidades, havendo infetados entre pessoas da mesma família e, também, entre colegas de trabalho.
O surto originado por aquela festa já provocou a suspensão de visitas aos utentes em 24 equipamentos sociais do barlavento (oeste) algarvio, num total de 13 estruturas – entre lares de idosos, unidades de cuidados continuados, lares de jovens e de saúde mental -, situadas em oito concelhos.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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Mas esta senhora ainda está no governo?nunca se vê.
Nunca se vê?! O Raul anda distraído! Ainda a semana passada nomeou um tipo qualquer que tinha ajudado a branquear o 44 e, que inclusivamente, até foi punido por isso!!!
Já para não falar do marido que mama forte na CM de GAIA a avaliar pelas notícias.
Tem razão,ando distraído!!!!!!!!!