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Governo está a preparar descida dos impostos e aumento das pensões

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PSD / Flickr

Luis Marques Mendes

São cinco as prioridades do Governo para o próximo Orçamento do Estado, segundo revela Marques Mendes no seu habitual espaço de comentário na SIC, nomeando o aumento das pensões, o alívio no IRS, a descida do IVA na electricidade, a criação de uma contribuição extraordinária no sector eléctrico e a actualização salarial na Função Pública.

O Governo já está a negociar o Orçamento do Estado para 2019 com o Bloco de Esquerda e o PCP, mas ainda não são conhecidas oficialmente medidas concretas em discussão. Contudo, Marques Mendes antecipa algumas delas e revela que o Governo tem cinco prioridades.

Primeiramente, o Executivo socialista pretende aumentar “as pensões de reforma até 857 euros” com “um aumento real, acima da inflação, de 0,5%”. “Em termos práticos, significa um aumento mensal de 10 euros para pensões até 500 euros”, explica o comentador da SIC.

Por outro lado, o Governo estará a preparar uma descida nos impostos, com o alívio fiscal no IRS e com uma descida no IVA sobre a electricidade que deverá situar-se entre os 6% e os 13%.

Também em marcha estará a criação de uma contribuição extraordinária sobre o sector eléctrico, bem como uma actualização salarial na Função Pública, onde o Governo deverá fazer novas contratações, segundo vaticina Marques Mendes.

Os sindicatos da Função Pública encaram esta possibilidade como uma agradável surpresa. Talvez “Marques Mendes saiba mais” do que os próprios sindicatos, assume o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), José Abraão, em declarações à TSF.

José Abraão nota que o SINTAP não está a par da alegada intenção do Executivo socialista, frisando que “o Governo tem manifestado alguma preocupação em satisfazer algumas necessidades pontuais de trabalhadores, sempre de forma muito insuficiente e aquém daquilo que seria necessário”.

Do lado da APRe!, a associação dos Aposentados, Pensionistas e Reformados, Maria do Rosário Gama, nota na mesma rádio que “tudo o que vier a mais” é bem recebido. “As pensões estiveram muito tempo congeladas. Só no ano passado é que as pensões acima dos 800 euros foram aumentadas. Se, eventualmente, houver um novo ajuste antes da aplicação da lei, obviamente que é uma boa notícia”, constata a sindicalista na TSF.

ZAP //

16 Comments

  1. Apesar de serem sempre agradáveis e bem vindas, tudo isto são apenas medidas temporárias e com a intenção do PS de ganhar as próximas eleições com maioria absoluta.
    Mas a verdade é que o pais esta mais “seco” (falta de dinheiro) do que um oásis no deserto do Sara.
    Vamos ver depois das eleições como a coisa fica… Infelizmente, como a situação mundial esta… não deverá ser nada agradável.

  2. Com uma dívida externa sempre crescente eu só gostava de saber se plantaram alguma árvore das patacas lá pros lados de Lisboa ! Claro que toda a gente gosta de aumentos de salário e de reduções fiscais, mas… terá realmente o país estrutura económica para suportar isso ?!

      • Sim, e essa diminuição está consolidada ? Pode suportar estas “aberturas de cordões à bolsa” ? É que como bem deves saber num país tão pequeno que depende de 1 punhado de empresas para suportarem o crescimento do PIB, qualquer corrente de ar pode virar o barco.

      • Isso é outro problema – eu quis apenas ser factual!…
        Mas, se cortarem nos assessores/amigos/parasitas que gravitam à volta dos deputados, as subvenções vitalícias ou os subsídios manhosos atribuídos aos deputados (tipo o que a irmã deste papagaio recebe, por declarar morada em Fafe quando vive em Lisboa!), certamente que as finanças publicas suportam estas medidas (e até mais)!

  3. O papagaio agora virou porta-voz da geringonça? Ah! Para o Professor Mambo, extraordinário adivinho, futurista, cartomante, nada é escondido! Consultas gratuitas às segundas-feiras na SIC. A não perder as extraordinárias adivinhações do Prof. Mambo, ilustre cartomante e adivinho do Reino.

  4. Numa casa onde não há dinheiro, se Governo está a preparar descida dos impostos (iva e irs) e aumento das pensões (só abaixo de 800€), então sabemos que a seguir, os impostos indirectos, as cativações, a falta de pagamento a fornecedores irá tudo subir (depois das eleições).
    Não há almoços grátis.

  5. Uma vez mais aumentos para as pensões mais baixas. Uma vez mais a beneficiar os mesmos reformados que, se as suas reformas são baixas é porque descontaram pouco. Desses, há os que descontaram de acordo com os salários que auferiam, e há os que fugiram, legal e/ou ilicitamente, aos descontos que podiam e/ou deviam ter feito. Estes últimos, já beneficiaram, em cada mês de descontos, dos descontos que não fizeram. Por que razão ainda são brindados, de vez em quando, com estes pequenos aumentos? Gostava de saber.

    Gostava de saber, como também queria entender o que significa a nota de Maria do Rosário Gama, da Associação dos Aposentados, Pensionista e Reformados, ao dizer que «só no ano passado é que as pensões acima de 800 euros foram aumentadas».
    É que eu recebo menos 124 euros/mês do que o que recebia em 2010. Portanto, não fui aumentado. Sinto-me, sim roubado e a olhos vistos.
    Não clamo por aumentos para além dos que correspondam à inflação. Mas também não quero ter de pagar IRS por aqueles que não pagam.

    • Gostaria de saber realmente o que fez na vida e o que contribuiu para a sua sustentável reforma.

      Eu ainda não cheguei a essa fase, nem sei se chegarei, mas uma coisa tenho a certeza, o senhor consegue receber menos metade que a minha mãezinha recebe como reforma total num mês.
      E se fosse comer um c…ão, desculpe mas é o que me vem á palavra diretamente para lhe dizer. Mais, a minha mãezinha descontou vários ANOS PARA A PORCARIA DO ESTADO QUE TEMOS E PARA SUSTENTAR A SUA REFORMA COM 124€ A MENOS, POIS IMAGINO O QUE RECEBERÁ MESMO ASSIM, será de alguma etnia privilegiada no nosso país? Talvez, quem sabe, mas essas contribuíram zero para a sociedade, não queira fazer parte delas.
      Desculpem o desabafo, mas não me deixam alternativa certos comentários cínicos e egoístas. Fui e não vou dar feedback a m…rda de gente que não sabe o que é sobreviver..Obrigado

      • Caro Tó Chico, compreendo o seu desabafo. Mas também lamento que não saiba por que é que as reformas não são todas iguais ou por que há reformas baixas e outras mais altas.
        Pelas suas palavras, se 124 euros correspondem a metade do que recebe a Senhora sua mãe, deduzo que a reforma dela seja de 248 euros. É pouco, tenho de concordar.
        Mas a questão que coloquei no comentário anterior ia noutro sentido. Tinha a intenção de levar as pessoas a entender a razão da atribuição das reformas, coisa que parece não estar ainda ao alcance de muita gente. De resto não foi à Senhora sua mãe que me dirigi.
        Mas já que o Tó Chico se meteu na conversa, e fez bem, não obstante a maneira nada cortês com que o fez, parecendo que também não entendeu o que eu quis dizer anteriormente, eu explico-lhe.
        Se o sistema de cálculo não esteve errado aquando da atribuição da reforma à sua mãe, os 248 euros correspondem à reforma para a qual ela descontou. Para a qual ela descontou, porque foi para a reforma dela que descontou, não foi para sustentar a minha, como você se atreve a insinuar. Para a minha descontei eu.
        Agora imagine que eu descontei para a minha reforma pelo menos 50 vezes mais do que a sua mãe descontou para a sua. De quanto deveria ser a minha reforma? Faça a conta e responda a si próprio. Mas não é o que possa pensar. Dá para viver equilibradamente, poupando para fazer face às despesas a que não posso fugir. Mas nem para ir de férias.
        Quanto a comentários cínicos e egoístas, fico com a impressão de que você não conhece o significado das palavras que empregou.
        E quanto à gente (a merda deixo-a consigo) que não sabe o que é sobreviver, caro Tó, tenho 60 anos de trabalho e idade para ser seu avô. Não queira passar pelas dificuldades que já conheci.

      • Viva srº Sérgio, egoísmo e cinismo sei perfeitamente o que significam, e é, desculpe a minha insistência, o que o srº revelou no seu comentário.
        Mas, “pegando” novamente na sua reforma, e, diz o senhor que descontou para ela, muito justamente, com certeza, não tenho nada contra, apenas fico reticente quando pessoas como senhor que perderam, ou melhor, deixaram de ganhar menos 124€ na reforma, é porque tem uma reforma bastante expressiva, digamos, não tenho nada contra isso, só gostaria que houvesse em si, e todos os que estejam na sua situação, um pouco de bom senso.
        Pois se descontou supostamente muito mais, foi porque ganhou muito mais, então também pagou muitos mais impostos, nomeadamente no IRS, ou IRC, não sei.
        Assim sendo também iria ter muito mais reforma por tais descontos, penso eu.
        Meu caro, não foi de certeza para o ofender que respondi ao seu comentário, foi simplesmente para o desabafo a que assistiu e porque, não que seja o srº, existem muito boas pessoas que só pensam mesmo nelas e nada mais.
        Só para exemplificar um pouco disso mesmo, repare nos últimos tempos quem são as pessoas que mais reclamam ou reivindicam, a grande parte são os que melhor estão na sociedade, pelo menos em teoria, e o srº sabe do que falo.
        Com tudo isto peço desculpa por mais este desabafo, obrigado pela atenção e por ter levado tempo a responder, mas nem sempre entro on-line.
        Cumprimentos

        Tó Chico

      • Caro Tó Chico,
        Se no meu 1º comentário tivesse exposto a questão de outro modo, mesmo que o propósito fosse exactamente o mesmo, talvez o Tó Chico nem lhe desse a importância que deu. Mas isso poderia acontecer também com outros eventuais leitores. E a ser assim, de nada valeria o que eu escrevesse.
        Ainda bem que esse meu comentário saiu como saiu.
        Como já lhe tinha explicado, nesse comentário não me dirigi a ninguém em particular nem disse que as reformas mais baixas eram suficientes.
        A questão que lá coloquei ia noutro sentido. E posta daquela ou de outra maneira, necessário é continuar a abordá-la porque também continua a haver muita gente que não se lembra ou não sabe como funcionou o sistema a que aderiu, e hoje se julga quase sempre com razão de queixa perante factos que não lhe dão razão nem direito aos direitos que reclama.
        No 1º parágrafo do 1º comentário toquei ao de leve na questão dos descontos para a reforma. Agora acrescento alguns dados mais.
        Sabia que as reformas mais pequenas são normalmente mais elevadas do que seriam se os respectivos cálculos fossem respeitados? Daí serem essas reformas as que mais vezes recebem pequenos aumentos.
        E sabia que até 1993 se um trabalhador descontasse, para o efeito, 1 dia por ano, esse ano era considerado como um ano de descontos?
        E sabia que, a partir de 1993, governava então Cavaco Silva, os trabalhadores passaram a descontar pelo menos 120 dias para que o ano lhe fosse contado como ano de descontos?
        Pois é. A maior parte das pessoas não sabe.
        Perante tais realidades é fácil perceber por que há trabalhadores que descontaram centenas ou milhares de vezes mais do que outros.
        E sabia que há reformas para quem nunca descontou para elas ( os não contributivos)? E sabia que há reformas que resultam de 5 anos de descontos, de 10, de 20 e, por outro lado, reformas que têm por base todo o tempo de descontos exigido, e até para quem tenha descontado muito mais tempo, 50 anos ou mais?
        Pois, o Tó Chico se calhar sabia, mas há muita gente que não sabe.
        Compreenderá agora por que razão lhe sugeri, no meu anterior comentário, para imaginar que eu descontei para a minha reforma 50 vezes mais do que a Srª sua Mãe descontara para a dela. É que em termos proporcionais, e partindo da suposta quantia de 240 euros que sua Mãe recebe, eu beneficiaria de uma reforma de 12.400euros. Só que eu não fui gestor de empresas, nem banqueiro, nem tão pouco ministro ou deputado.
        Eu parti do nada. Fui trabalhar aos 13 anos de idade, passei carências de toda a ordem, inclusive fome. Fui explorado por patrões sem escrúpulos. Mas nunca desisti. A custo, sabe Deus com que sacrifício, consegui dar a volta à minha vida. Considero-me mais ou menos realizado.
        Sempre estive ao lado dos mais fracos. E ora mais ortodoxo, ora mais liberal, carrego a utopia que me vai amparando. Cínico e egoísta é que não sou.

  6. Estamos a viver num país maravilhoso! Aumento de pensões e descida de imposto, que mais pode o povo desejar? O problema vai ser quando pela socapa irão aparecer uns quantos mais impostos e aumento de outros, contas feitas vamos ser beneficiados em 15 e prejudicados em 20, o habitual! Pena é que a maioria do povo anda distraído e pelos vistos nem contas saiba fazer ou então terá memória de galinha.

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