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Governo atira-se ao Bloco de Esquerda. Voto contra é “incompreensível”

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José Sena Goulão / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro

Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, afirmou que “o Governo considera incompreensível que não possa contar com o Bloco de Esquerda” para aprovar o Orçamento do Estado para 2021.

Esta segunda-feira, durante uma conferência de imprensa na Residência Oficial do primeiro-ministro, Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, atirou-se ao Bloco de Esquerda garantindo que “o Governo não falhou nem falhará a Serviço Nacional de Saúde”, o principal argumento de Catarina Martins usado para chumbar o documento.

Em declarações aos jornalistas, citadas pelo Observador, o governante disse que o Governo considera “incompreensível que quando o país mais precisa não conte com o Bloco de Esquerda”. “É incompreensível que um OE com respostas de esquerda não seja viabilizado pelo BE”, acrescentou.

Apesar de lamentar que os bloquistas não tenham decidido “fazer parte da solução” ao decidirem votar contra, Duarte Cordeiro disse estar disponível para continuar a negociar na especialidade. “O Governo continuará empenhado no diálogo e compromisso com os partidos” para “garantir um bom OE” que resposta à crise provocada pela pandemia.

O Bloco de Esquerda anunciou, este domingo à noite, depois de uma reunião da Mesa Nacional, o voto contra o Orçamento do Estado para 2021.

Depois do anúncio do voto contra por parte do Bloco e a abstenção do PAN, o Governo precisava de garantir pelo menos mais uma abstenção para aprovar, na generalidade, o OE2021. Esta manhã, o anúncio da abstenção da deputada Cristina Rodrigues, feito em comunicado, dá luz verde à proposta.

ZAP //

2 Comments

  1. Só quem não se serve do SNS é que não vê que este está muito aquém do que seria necessário. Pessoalmente só nos meses de verão tive de pagar 400 euros por duas ressonâncias magnéticas, por causa de uma fratura de uma anca, porque não consegui uma consulta no meu centro de saúde e tive de recorrer ao sistema privado de saúde. Como tive de desembolsar 170 euros por análises porque não consegui que o meu centro de saúde passasse a necessária requisição. E no meu centro de saúde não há um único médico de família. Tudo isto nos arredores de Lisboa. O Governo não está a corrigir estas deficiências e o orçamento também não tem verba para o fazer. Por isso concordo com o voto negativo do BE. Mas parece que para o PS o dinheiro é mais importante do que a saúde das pessoas.

  2. Será que estará em vias de desmoronamento o matrimónio entre PS e extrema-esquerda? As promessas não cumpridas e as mentiras não são caminho seguro para casamentos prolongados.

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