O ministro dos Negócios Estrangeiros admite que Portugal pode levantar a imunidade diplomática dos dois filhos do embaixador do Iraque, suspeitos de terem agredido um jovem de 15 anos. Autoridades iraquianas também já estão a par do caso.
Em entrevista ao jornal Público, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, admite levantar a imunidade dos filhos do embaixador do Iraque, suspeitos de agredirem um jovem de 15 anos em Ponte de Sor, porque quer “que se faça justiça”.
“Se o levantamento da imunidade destas pessoas for necessário para que seja feita justiça relativamente a este caso gravíssimo, Portugal, através do MNE, diligenciará, junto das autoridades iraquianas, para que essa imunidade seja levantada, porque nós queremos que se faça justiça. Nós todos. Por causa da vítima e por causa da comunidade”, afirmou.
Segundo o governante, a ideia da imunidade diplomática é “proteger os diplomatas e não a permitir abusos seja de quem for”.
As autoridades portuguesas também já estão em “contactos informais” com as autoridades iraquianas, disse Santos Silva ao jornal.
De acordo com a agência Lusa, o MNE do Iraque anunciou que já está a acompanhar o caso da agressão ao jovem de 15 anos.
“O Ministério dos Negócios Estrangeiros segue de perto, com preocupação, o que surgiu na sequência da acusação aos dois filhos do seu embaixador em Portugal. Iniciou uma investigação para conhecer mais detalhes desde incidente e juntar informação veiculada pelos meios de comunicação social”, lê-se numa mensagem publicada no sábado na página oficial daquela entidade.
Na mensagem, o ministério iraquiano “reitera a sua vontade de manter a eficiência das suas missões diplomáticas, a sua boa reputação e solidez das suas relações com todos os estados, incluindo Portugal” e “confirma a colaboração com as autoridades portuguesas e com a equipa da embaixada do Iraque em Lisboa para tomar as medidas necessárias em relação à acusação”.
Questionado pelo Público se sabe do paradeiro dos filhos do embaixador, o governante diz não ter conhecimento.
“Não sei, não sou a autoridade judicial. (…) A imunidade diplomática cobre a liberdade de circulação das pessoas. Portugal não pode determinar qualquer limitação ao raio de circulação do embaixador ou das pessoas das suas relações ou da sua missão que gozem também da imunidade”, explicou.
No entanto, segundo o Correio da Manhã, a Polícia Judiciária perdeu o rasto dos dois suspeitos, que já terão deixado o país.
O jovem de 15 anos chegou ao hospital Santa Maria, em Lisboa, com múltiplas fraturas. Neste momento, está em coma induzido, com um traumatismo craniano e já foi submetido a uma intervenção cirúrgica para reconstrução facial.
ZAP / Lusa
Mas Srº Ministro, demora muito, ou vai fazer serão? Bem sei que missiva vai, missiva vem, mas nem o pai vem, nem a gente almoça. E entretanto como presumo, não chamou ainda, o Embaixador do Iraque, creditado em Portugal, Mas mal creditado, diga-se de passagem, Desculpe o desabafo, e a comunicação social, tannnnnnto ao vosso gosto, se repete vezes sem fim, o Zé Português, pensa que todos voçês andam a brincar aos cow-boys, e que não se importam com o desgraçado do moço, que está hospitalizado, e que nem sequer, ainda temos conhecimento se está melhor e a recuperar das mazelas. Será capaz de me informar, seria uma gentileza sua, pois que decerto terá conhecimento.