Um ano depois das agressões em Ponte de Sor, a mãe de Rúben Cavaco diz que o filho ainda espera justiça e que continua sem compreender porque razão os gémeos iraquianos tiveram imunidade diplomática.
A mãe de Rúben Cavaco, Vilma Pires, recordou a noite de violência em Ponte de Sor que colocou o seu filho em coma, depois de ter sido agredido pelos filhos do embaixador iraquiano em Lisboa, Sadd Mohammed Ali.
Em entrevista ao Expresso, a mãe do adolescente diz que o filho se “encontra bem fisicamente e já está a fazer uma vida normal“: “Neste momento, o Rúben encontra-se bem fisicamente, já está a fazer uma vida normal e já não está a fazer fisioterapia. Estar a viver em Lisboa ajuda-o a não reviver constantemente o que se passou. Esquecer vai ser impossível, mas o tempo também vai ajudar a sarar as feridas”.
Em Janeiro, Vilma Pires celebrou um acordo extrajudicial com a família Mohammed Ali, que envolveu o pagamento de 40 mil euros por danos morais e mais 12 mil das custas médicas. No entanto, o caso, que continua a ser investigado pelo Ministério Público português, está longe de ter terminado.
A mãe do jovem da Ponte de Sor diz estar ainda à espera que seja feita justiça. “Deviam perguntar ao Estado português quais as diligências que já fez para garantir que um crime público cometido em território português contra um cidadão português não fique impune”, começou por dizer Vilma.
“O acordo disse apenas respeito à parte civil e aos eventuais crimes que dependiam de queixa e admitiam desistência, ou seja, às eventuais agressões e injúrias ocorridas no bar entre os dois jovens iraquianos e os jovens que estavam com o Rúben”, explicou.
“Até este momento, apenas foi paga a indemnização, porque continuamos à espera que seja feita Justiça. Mas isso compete ao Estado. O que competia ao meu advogado fazer foi feito. Não cabe ao meu advogado prender os criminosos, julgá-los e condená-los”, frisou ainda Vilma Pires.
Sobre o dinheiro que recebeu, a mãe de Rúben Cavaco garante que “nem o dinheiro aliviou” a dor, nem afetou o dia-a-dia da família. “O dinheiro está depositado numa conta do Rúben que ele apenas poderá movimentar quando tiver 18 anos“, acrescentou.
A mãe do jovem agredido critica o facto de os jovens iraquianos nunca terem sido ouvidos como arguidos por tentativa de homicídio e se terem protegido com a imunidade diplomática.
“Ficámos a saber que os filhos dos diplomatas, com 14, 15 e 16 anos se podem passear livremente por este país, conduzir embriagados, matar, roubar ou violar que nada lhes sucede e, pelos vistos, o governo português também não se preocupa com isso. O que sucedeu ao meu filho pode suceder a qualquer um, e o resultado vai ser o mesmo“.
Questionada sobre se alguma vez foi contactada por algum membro do Governo português, a mãe de Rúben Cavaco explica que “nem nos últimos meses nem nunca“.
“Até hoje não houve qualquer membro do Governo, do Ministério dos Negócios Estrangeiros ou de outra entidade do Estado que me tivesse contactado para o que quer que seja. Apenas recebi um telefonema do Presidente da República quando o meu filho estava internado e um ramo de flores do embaixador do Iraque“, garantiu.
Vilma Pires acrescentou ainda que “não há um único dia que não me lembre daquela noite e todos os dias dou graças a Deus por o meu filho se ter salvo, o que ainda acho um milagre depois de o ter visto como morto”.
Agressão em Ponte de Sor
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17 Agosto, 2017 Um ano depois, Rúben aguarda justiça (e nem o dinheiro aliviou a dor)
Eu teria vergonha de ser teu familiar
Concordo plenamente, não há palavras!
Vergonha é pouco, a conta de palhaços como este é que os “senhores” da nota fazem o que querem e bem lhes apetece a troca de meia dúzia de tostões, sim porque a indemnização para quem pagou foi apenas uns trocos e ainda se ficaram a rir.
Qualquer dia a nova atração turística em Portugal é vir dar porrada a putos estúpidos a troca de uns tostões.
No mínimo ficavas sem nacionalidade portuguesa e passavas a ter nacionalidade da langonhaland.
Vergonha é pouco, a conta de palhaços como este é que os “senhores” da nota fazem o que querem e bem lhes apetece a troca de meia dúzia de tostões, sim porque a indemnização para quem pagou foi apenas uns trocos e ainda se ficaram a rir.
Qualquer dia a nova atração turística em Portugal é vir dar porrada a putos estúpidos a troca de uns tostões.
No mínimo ficavas sem nacionalidade portuguesa e passavas a ter nacionalidade da langonhaland.
Justiça?!? Já se está mesmo a ver…aqui em Portugal quando se mexe com os “grandes” fica sempre tudo em “àguas de bacalhau”. Venha mais um joguito de futebol que o povo esquece tudo. É isto e os fogos que alastram Portugal com mão criminosa, temos que chamar os submarinos do Portas para “ajudar” a combater os fogos porque pelos vistos os helis não chegam.
Será que eu entendi bem? (Espero que não) Será que estão a comentar que têm vergonha do agredido? Que a vítima é “um palhaço” e que lhe devia ser tirada a cidadania? Isso quer dizer que os agressores são uns heróis? Isso quer dizer que a justiça faz muito bem em ser inoperante? Com gente assim eu é que tenho vergonha de ser português, povo ruim que só está bem a fazer o mal. Felizmente que nem todos somos assim, ainda temos alguns cidadãos que agem com civismo. O que me dói mais é que esta gente também vota, o que mostra bem a qualidade de políticos e governantes que vão sendo eleitos. É apenas a minha opinião. Certo é que não vão faltar críticas destrutivas ao meu comentário, mas essas passam-me ao largo. Imaginem que esta gente poderia fazer justiça pelas próprias mãos, eram linchamentos diários (ou horários)… Onde nós chegámos. 🙁