Francisco Rodrigues dos Santos anunciou, no Facebook, novidades para terça-feira, às 21h, num hotel do Porto. Luís Marques Mendes disse, na SIC, que será nessa altura que apresentará a sua candidatura à liderança do CDS.
“Convido os militantes e simpatizantes do CDS, da JP e da FTDC, a juntarem-se a mim num anúncio que farei ao partido e ao País”, é o conteúdo da publicação que colocou na noite de domingo no Facebook, acompanhado com um cartaz com o seu nome e o local da comunicação.
https://www.facebook.com/francisco.rodriguesdossantos.7/posts/2846540008745855
Na publicação no Facebook em que Rodrigues dos Santos convida os militantes a ouvirem a novidade, vários dos comentários citam aquele que previsivelmente será o lema da sua candidatura: #Seguiremfrente.
Segundo Marques Mendes, o líder da juventude centrista é apoiado por um conjunto de personalidades da sociedade civil. Francisco Rodrigues dos Santos apresentará a candidatura no Porto, embora tenha feito toda a sua vida estudantil em Lisboa, e trabalhar numa sociedade de advogados na capital.
Esta segunda-feira, numa carta a que a TSF teve acesso, Francisco Santos apresentou a demissão do cargo de vogal da direção do Sporting. O líder da Juventude Popular era um dos cinco vogais eleitos na direção do emblema leonino, resultantes do ato eleitoral que elegeu Frederico Varandas presidente, em 8 de setembro de 2018.
“Uma vez que me proponho a alcançar uma posição política de elevado grau de responsabilidade nacional, entendo que a simples assunção desse objetivo poderia conflituar com o meu lugar no Sporting. Embora os Estatutos do clube permitam a legal conciliação entre as minhas atuais e possíveis futuras funções, entendo ser meu dever prevenir eventuais incompatibilidades éticas e morais, agindo em defesa da lisura e da transparência com que sempre pautei a minha conduta pública e privada”, lê-se na carta dirigida ao presidente da Assembleia Geral do clube, Rogério Alves.
Na mesma missiva, citada pela TSF, Francisco Santos, que detinha o pelouro dos núcleos leoninos, fez um balanço da sua atividade, recordando a inauguração e oficialização de “50 novas estruturas”, contabilizando, desde o início do mandato, visitas “a mais de 200 entidades diferentes”.
“Saio com a consciência tranquila e com certeza que coloquei intransigentemente os interesses do Sporting sempre em primeiro lugar. Serei agora mais um sportinguista de corpo e alma, a apoiar e a torcer da bancada pelo nosso sucesso coletivo. E a apoiar incondicionalmente este Conselho Diretivo e o seu presidente, subscrevendo cada uma das linhas do seu projeto para reerguer o Sporting, louvando a coragem, a seriedade e urbanidade com que dirigem o clube que amarei até à eternidade”, rematou Francisco Santos.
Nasceu em Coimbra, há 31 anos, e é presidente da Juventude Popular desde 2015. Logo depois dos resultados eleitorais do CDS nas legislativas, que resultou na demissão de Assunção Cristas, falou-se no nome de Francisco Rodrigues dos Santos como possível candidato à liderança do partido, possibilidade que, na altura, se escusou a comentar.
Francisco Santos, eleito há quatro anos um dos “30 jovens mais brilhantes, inovadores e influentes da Europa” pela revista Forbes, será o quinto candidato à liderança do CDS, depois dos já anunciados Abel Matos Santos, porta-voz da Tendência Esperança em Movimento; Filipe Lobo d’Ávila, ex-deputado, e João Almeida, porta-voz do partido; e Carlos Meira, empresário e ex-líder da concelhia de Viana do Castelo.
Pedro Mota Soares, nome apontado, diz que “não é candidato a nada”. Adolfo Mesquita Nunes, depois de ter sido desafiado por António Pires de Lima a avançar para a sucessão de Assunção Cristas, anunciou que não será candidato à liderança do CDS. Telmo Correia era outro dos nomes que alguns não descartava, devido à “experiência governativa” e por ser, a par de João Almeida, um dos cinco deputados eleitos este domingo. Porém, o deputado já anunciou que não se vai candidatar.
O CDS obteve 4,25% nas eleições legislativas deste domingo, passando a sua representação parlamentar de 18 para cinco deputados. Os resultados levaram a líder centrista, Assunção Cristas, a deixar a liderança do partido. Logo no domingo, Filipe Lobo d’Ávila afirmou-se “em estado de choque” com os resultados do partido.