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França enviou o porta-aviões Charles de Gaulle e um submarino nuclear para combater Estado Islâmico

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Taylor M. DiMartino, US Navy / Wikimedia

O porta-aviões Charles de Gaulle (em primeiro plano) é o navio almirante da marinha francesa

A França enviou para o leste do Mar Mediterrâneo o seu porta-aviões Charles de Gaulle, com uma frota de escolta de pelo menos sete navios e um submarino nuclear, para lutar contra o Estado Islâmico na Síria, informou esta quinta-feira o jornal francês La Provence.

O porta-aviões francês Charles-de-Gaulle, com 26 aviões de combate a bordo, zarpou na quarta-feira do porto de Toulon, no sudeste da França, em direção ao leste do Mediterrâneol, onde vai participar no combate ao grupo Estado Islâmico.

Segundo o La Provence, entre os navios que acompanham o porta-aviões encontram-se o contra-torpedeiro La Motte-Piquet, o navio de reabastecimento Marne, a fragata Aquitaine, e um submarino nuclear, cuja classe não foi revelada.

Além dos navios da marinha francesa, a frota de escolta do porta-aviões inclui ainda o contra-torpedeiro britânico HMS Defender e uma fragata australiana.

Após os mortíferos atentados de sexta-feira, “o Presidente francês François Hollande decidiu envolver o grupo aeronaval no Mediterrâneo oriental, antes de o reunir, se necessário, no golfo arábico-persa”, indicou o almirante René-Jean Crignola, comandante do grupo aeronaval, citado pela AFP.

O Charles-de-Gaulle e os seus 26 caças – 18 Rafale e oito Super-Etandard – deverão chegar a esta região dentro de pouco dias, e estacionar ao largo da Síria ou do Líbano, quando se previa cerca de um mês para alcançar o golfo arábico-persa, a sua missão inicial.

“A chegada ao teatro de guerra dos caças do grupo aéreo embarcado vai triplicar a capacidade atualde ação da França”, sublinhou Crignola, que comanda a totalidade da Task Force 476.

Esta força naval inclui, para além do grupo aeronaval francês, diversos navios estrangeiros, onde se incluem uma fragata britânica e outra belga, a Leopoldo I.

O porta-aviões francês Charles de Gaulle, navio almirante da marinha francesa, cumpre a sua terceira missão nesta zona nos últimos dois anos.

Dois dias após os ataques de Paris e Saint-Denis, a aviação francesa bombardeou intensamente, na noite de domingo, a cidade de Raqa, a capital que o EI estabeleceu no norte da Síria.

Num ‘raide’ com uma amplitude sem precedentes desde os primeiros ataques franceses na Síria no início de setembro, dois caças-bombardeiros lançaram 20 bombas sobre um posto de comando e um centro de treinos do EI.

“Prosseguiremos os ataques durante as próximas semanas. Não haverá qualquer abrandamento nem qualquer trégua”, disse François Hollande perante os deputados.

A França está em guerra. Estamos em guerra contra o terrorismo jihadista, que ameaça o mundo inteiro”, acrescentou o presidente francês.

ZAP / Lusa

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