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Falsa vítima dos atentados de Paris condenada a pena de prisão

Ian Langsdon / EPA

Agentes da polícia francesa após o atentado terrorista em Paris que vitimou dois polícias

Alexandra Damien, parisiense de 33 anos, que se fez passar por uma das vítimas do atentado de radicais islâmicos no dia 13 de novembro de 2015, em Paris, foi condenada por extorsão e falso testemunho.

A sentença ditou que a mulher vai ter de cumprir seis meses de prisão efetiva e 18 meses de “liberdade vigiada”. Alexandra Damien que prestou falso testemunho, ao alegar na altura dos factos que tinha sido vítima do atentado, foi também condenada por extorsão de 20 mil euros provenientes dos fundos destinados às vítimas de terrorismo.

Durante a audiência no tribunal, Damien chorou ao pedir desculpas pelas suas ações. A parisense explicou que era uma cliente regular do Le Carillon –  um dos restaurante que foi alvo dos atentados – e que planeava ir ao estabelecimento na noite dos ataques, mas acabou por mudar de ideias, e não esyava no local no momento do ataque.

Alexandra Damien disse ainda ter pedido conhecidos no ataque terrorista, tendo depois sentido-se culpada, questionando-se se os poderia ter salvado.

Após os ataques, a francesa partilhou nas redes sociais imagens do que disse ser uma cicatriz resultante de um fuzil Kalashnikov de um dos terroristas. Damien também tatuou o lema da cidade de Paris: Fluctuat nec mergitur – uma frase em latim que significa “É sacudida pelas ondas, mas não afunda”.

“Na minha mentira, na minha estupidez, na minha dor, entrei num círculo vicioso e mantive os dois pés lá dentro”, disse, de acordo o jornal francês Le Figaro. Damien defendeu-se das acusações de que terá agido por ganância.

Os ataques de Paris de 2015 foram uma série de atentados terroristas com tiroteios em massa e explosões em vários locais, incluindo o estádio Stade de France – onde decorria um jogo de futebol entre a França e a Alemanha – e a casa de espetáculos Bataclan, onde os terroristas invadiram o espetáculo da banda americana Eagles of Death Metal.

Os atentados foram reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico.

ZAP // Lusa / Deutsche Welle

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