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FMI e Bruxelas culpam Banco de Portugal por falta de supervisão ao BES

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Banco Central Europeu

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal

Questionados sobre as responsabilidades na prevenção da crise no BES, o FMI e a Comissão Europeia desmarcam-se de culpas e afirmam que a supervisão do banco era do Banco de Portugal.

Na sua edição desta terça-feira, o Jornal de Negócios apresenta os resultados do seu questionamento sobre o facto de, em três anos de troika em Portugal, não ter havido “nem uma única uma referência a problemas no Banco Espírito Santo”.

As respostas vieram do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia, que afirmam que não tinham mandato nem poderes nesta matéria. A culpa seria, portanto, do Banco de Portugal, regulador com poderes de supervisão.

“O Banco de Portugal é responsável pela supervisão prudencial dos bancos que fazem parte da jurisdição. A troika não tinha o mandato nem a capacidade para levar a cabo essa atividade durante o programa e não era responsável pela supervisão dos bancos”, cita o jornal económico.

Banco de Portugal desmarca-se

O Banco de Portugal, por seu lado, não aceita a batata quente: “as entidades do ramo não financeiro do Grupo Espírito Santo não se encontram sujeitas” à sua supervisão, refere o Negócios.

Entretanto, o facto de a troika nunca ter feito qualquer referência a problemas no Banco Espírito Santo, nos três anos de escrutínio das contas portuguesas, tem suscitado comentários de personalidades como Marcelo Rebelo de Sousa e Guntram Wolff, diretor do think-tank Bruegel, que consideram estranho que o problema não tenha sido detetado pelas entidades internacionais.

ZAP

2 Comments

  1. Banco de Portugal, sempre a protejer de uma forma escandalosa os seus amigos poderosos/corruptos, e é sempre o zézinho a arcar com as consequências…Os tribunais e os deputados, podiam pôr fim a esta vergonha, mas como todos mamam da mesma têta…e que boa têta, tão boa, que não faltam “políticos” a fazerem fila para ocuparem os cargos dos €€€. Antigamente ouvia dizer; “cem cães a um osso” e agora dá para perceber bem o dito popular!!!

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