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Filho do presidente de Angola apanhado nos Panama Papers

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Ricardo Stuckert / ABr

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos

José Filomeno de Sousa dos Santos, o filho do presidente angolano José Eduardo dos Santos, é mais um dos nomes implicados no caso dos Panama Papers, suspeitando-se de que pode ter usado o Fundo Soberano de Angola para lavagem de dinheiro.

A informação é divulgada pelo Expresso, no âmbito das investigações dos documentos do Panamá feitas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

De acordo com as suspeitas relatadas, “Zenu”, como é mais conhecido o filho de José Eduardo dos Santos, pode ter usado o Fundo Soberano de Angola (FSDEA), de que é gestor, para desviar fundos públicos e lavagem de dinheiro.

O FSDEA é financiado pelas receitas da empresa petrolífera estatal angolana, a Sonangol, e gere cinco mil milhões de dólares (4,44 mil milhões de euros), tendo por missão promover o desenvolvimento do país.

No entanto, revela o Expresso, o FSDEA pode ter sido usado para fins ilícitos, integrando uma rede de branqueamento de capitais.

O semanário refere que no centro das suspeitas estão as ligações entre o FSDEA, “um presidente de um banco alemão caído em desgraça, gestores condenados por gestão danosa, um banco russo privado” e um “enteado do vice-presidente” de Angola, Manuel Vicente, que foi presidente do grupo Sonangol.

Manuel Vicente foi recentemente notícia em Portugal por ser suspeito de corromper o ex-Procurador português, Orlando Figueira, pelo alegado pagamento de luvas para o arquivamento de processos em que ele e outros altos responsáveis angolanos estariam envolvidos.

O enteado de Manuel Vicente citado no caso dos Panama Papers, Mirco de Jesus Martins, será suspeito de deter várias empresas-fantasma que terão sido usadas no esquema de lavagem de dinheiro das verbas provenientes do FSDEA.

A consultora Quantum, sedeada na Suíça, e o Banco de Investimentos Kwanza também surgem apontados na investigação que levanta, igualmente, suspeitas em torno das relações entre Angola e a Rússia, insinuando que os dois países podem integrar uma eventual rede de branqueamento de capitais.

ZAP

4 Comments

  1. É uma questão que só diz respeito à justiça Angolana.
    É notório que existe a intenção em desviar as atenções do ZÉ, com formigas de outros Países, para que em Portugal os elefantes passem despercebidos.
    Temos de ter em conta a dimensão de cada País, eu por veze penso que se Portugal tivesse a dimensão de Angola, Brasil ou Moçambique então é que o ZÉ estava feito.

    • Justiça angolana?!
      Hahahaa…
      Como ninguém deve ser assim tão lerdo, devem te pagar para escreves essas tristes parvoíces!…

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