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Ferido grave de Pedrógão transferido para Espanha para transplante de pele

Paulo Novais / Lusa

Artista João "Violas" fez peças de arte com restos do incêndio de Pedrógão Grande

Artista João “Violas” fez peças de arte com restos do incêndio de Pedrógão Grande

Um dos feridos mais graves do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho foi transferido do Porto para Espanha, disse à agência Lusa o presidente do município local.

Segundo o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, trata-se de um homem com cerca de 40 anos, residente em Lisboa, que naquele dia estava em casa de familiares e se voluntariou para combater as chamas, que acabaram por feri-lo com bastante gravidade.

O autarca explicou ainda que a transferência para uma unidade de Valência se destina a uma recolha de pele para transplantação, área em que os espanhóis estão mais preparados.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Quatro dos feridos são bombeiros da corporação de Castanheira de Pera, dos quais, na sexta-feira, três apresentam avanços e recuos no estado de saúde e o caso mais favorável é o de uma operacional internada em Coimbra.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia. Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas que consumiram 53 mil hectares de floresta.

// Lusa

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