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Exército vai encerrar Paióis de Tancos

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Paulo Cunha / Lusa

Guarita abandonada no complexo militar de Tancos

O general Rovisco Duarte informou o primeiro-ministro e o ministro da Defesa de que o exército vai encerrar Tancos e está à procura de um local alternativo para os Paióis Nacionais.

Segundo a edição deste sábado do jornal Expresso, os Paióis Nacionais de Tancos, instalações de armazenamento do Exército de onde no fim do mês passado foram roubadas granadas de mão e outras armas de guerra, vão ser encerrados.

A decisão terá sido comunicada esta terça-feira ao primeiro-ministro, António Costa, e ao ministro da Defesa, Azeredo Perdigão, pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, que adiantou que o exército estava neste momento à procura de local alternativo para acolher os Paióis Nacionais.

Segundo revela o semanário, entre as razões que terão levado o exército a encerrar as instalações de Tancos estará a exposição do local à entrada de elementos exteriores e o “perigo de novos roubos“.

O Exército confirmou entretanto que “está a colaborar com a tutela na busca de soluções que permitam melhorar a situação no futuro”, declarou o seu porta-voz em declarações ao mesmo jornal.

No dia 29 de junho, o Exército revelou que granadas de mão ofensivas e munições de calibre 9 milímetros desapareceram de dois paiolins nas instalações militares dos Paióis Nacionais de Tancos, tendo sido detectada uma violação dos perímetros de segurança das instalações o arrombamento de dois paiolins.

Segundo comentou na ocasião o general Loureiro dos Santos, um roubo desta natureza e dimensão só pode ter acontecido devido a “uma falha de segurança, que nos deve preocupar a todos”. O General confirmou que o sistema de videovigilância da instalação militar está avariado há dois anos.

Os paióis tinham no seu interior mísseis Milan e TOW, que não foram roubados. Segundo o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Artur Pina Monteiro, as granadas roubadas em Tancos eram obsoletas e valiam apenas 34 mil euros.

O incidente provocou a exoneração dos cinco comandantes das unidades responsáveis pela segurança dos paióis de Tancos e lançou o Exército na sua “maior crise de sempre“, com generais de costas voltadas.

ZAP //

7 Comments

  1. Lol. Já estávamos à procura de um outro local…isso quer dizer o quê? Antes do roubo? Mais uma para falar o sol com a peneira. E a solução é saírem daí? Porquê? Enquanto não eram roubados e a vidiovigilancia não funcionava à 2 anos dava e agora já não dá mais? Então vao2 para um sitio tipo bunker, onde não é preciso vidiovililancia, e é só uma porta com um guarda onde é preciso 2 chaves especiais para abrir a porta?. Não sairá mais barato ao estado arranjar o sistema de videovigilancia e mais uns “arames farpados”…digo eu.

  2. Dizes tu e dizes bem! Mas ainda ninguém percebeu que eles arranjam sempre uma forma de esbanjar dinheiro e de fazer mais disparates!? Arranjar outro local para que?!!? Para ter mais gastos?!? Aquele não serve porque?! Mais uma maneira de gastar dinheiro.. Estes não acertam uma! Só disparates! lol…

  3. Finalmente uma boa decisão. Assim sim, já não haverá roubos no Paiol de Tancos…
    Faz lembrar a solução para acabar com o roubo das caixas de multibanco nos tribunais: desde que as proibiram nos tribunais, nunca mais houve assaltos a caixas multibanco nos tribunais. Se a moda pega…

  4. Quanto a mim a solução ideal é que cada militar leve para casa uma munição ou arma e deposite debaixo da cama, no dia seguinte leva-a de novo para o quartel e também poderá ficar debaixo da cama na caserna, sobretudo em casa ainda ficam com a vantagem de estarem armados contra os ladrões que proliferam pelo país.

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