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A estratégia relaxada da Suécia convence mais os idosos do que os jovens

Em vez de restringir o movimento dos cidadãos, a Suécia baseou-se em recomendações sobre distanciamento social para fazer face à pandemia de covid-19. A sua abordagem mereceu a atenção de todo o mundo.

Os suecos são aconselhados pelo Governo a limitar as suas deslocações, mas não são obrigados a ficar em casa. A estratégia relaxada da Suécia acendeu um acalorado debate na comunidade científica e atraiu céticos por todo o mundo, por ser uma abordagem de alto risco para a saúde pública.

Os críticos defendem que tornar o distanciamento social opcional preserva a liberdade dos jovens à custa da saúde dos idosos, que são os mais afetados pelo novo coronavírus. No entanto, um novo estudo revela que as pessoas mais velhas são as mais favoráveis à abordagem relaxada do país do que propriamente os jovens.

A pesquisa, realizada com mais de 1.600 participantes suecos, indica que 31% dos inquiridos classificam a resposta do país como “não suficientemente forte”, enquanto que 51% consideraram a abordagem “suficientemente forte”.

Mas o dado mais surpreendente prende-se com a população idosa: os inquiridos com mais de 50 anos são mais favoráveis à resposta sueca: enquanto que 40% dos participantes com idades entre os 15 e os 29 anos afirmaram que a abordagem é “suficiente”, o número correspondente a esta avaliação na faixa etária dos 70 anos é de 61%.

De acordo com o The Conversation, a diferença da taxa de aprovação conforme a idade persiste mesmo depois de terem sido contabilizadas várias variáveis como educação ou rendimento.

Um fator muito importante na aprovação da estratégia descontraída da Suécia é a confiança que os cidadãos têm no seu Governo. Como este país tem um dos níveis mais altos de confiança do mundo, o forte relacionamento entre confiança e aprovação pode sugerir que estaa abordagem teria menos sucesso noutros países.

ZAP //

 

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