O codiretor do think tank Observatorio Internacional de Seguridad, na Espanha, Chema Gil, revelou que o auto-proclamado Estado Islâmico está a captar jihadistas que falem espanhol e português.
“Nos últimos dias vimos que o Daesh e os grupos a ele aliados estão a fazer uma captação aberta de jihadistas que trabalhem a área da comunicação em espanhol, em português e noutros idiomas. Espanha, e toda a Península Ibérica, mantém-se dentro dos objetivos do grupo”, disse o especialista em entrevista ao Diário de Notícias.
O especialista prossegue relembrando que a Península Ibérica é um território importante para o Daesh: “Desde logo porque fazemos parte de um imaginário muito importante para o jihadismo. A ideia do Al-Andaluz, de uma terra que consideram do Islão e que é preciso recuperar para o islão”.
A estes fatores, explica Chema Gil, é de notar que quer Portugal quer a Espanha participam de todas as coligações internacionais contra o terrorismo.
Chema Gil explicou que os jihadistas procuram perfis de perfis de mujahedins que falem espanhol e português através de perfis na Internet. Este tipo de captação é frequente, alerta, mas não é de todo uma novidade.
Apesar de considerar que o nível de alerta em Espanha é “adequado” – mesmo tendo em conta os atentados levados a Catalunha no ano passado -, Chema Gil diz que é uma ilusão acreditar que o terrorismo jihadista está a ser vencido só porque as suas estruturas foram destruídas em países como o Iraque e a Síria.
“O facto de o Daesh estar a ser vencido em zonas como o Iraque e a Síria não quer dizer que desapareça. É um grupo de cariz mundial. Podem até desaparecer as suas estruturas no Iraque ou na Síria, mas já temos o Daesh na Nigéria, na Líbia, no Sahel, no Sara”.
Por tudo isto, “não devemos confiar que vencer as estruturas pseudomilitares no Iraque e na Síria vai levar à vitória sobre o fenómeno terrorista. Trata-se de uma ideologia e continua a expandir-se”, explicou.
Chema Gil aponta que há jihadistas inspirados pelo Daesh e nas suas estruturas de todo o mundo, do Canadá ao Chile, de Portugal à Espanha, da Noruega à África do Sul. Esta dispersão pelo território mundial significa que “não soubemos lutar com as ideias, com a palavra”, nota o especialista.
“A ideologia jihadista não parou de se expandir desde que, nos anos 1980, nasceu a Al-Qaeda. Achar que estamos a vencer pode ser uma simples ilusão. Pense-se que, só em julho, o terrorismo do Daesh e da Al-Qaeda fez mais de 1200 mortos em todo o mundo. Não são na Europa. Mas nós não olhamos para o resto do mundo”, lamenta.
O codiretor do observatório explica que os jihadistas olham para o mundo como “um lugar de influência” e não consideram que “há vítimas que são mais que as outras”, por isso é-lhes indiferente o lugar onde se dá o ataque. Afinal, o “fenómeno é o mesmo”.
Questionado sobre se as políticas antiterroristas preventivas funcionam, Chema Gil deixa críticas à Espanha e a todos os governos na generalidade, relembrando que alguns deles nem sequer sabem da implementação deste tipo de planos.
“Temos uma mediocridade política em todos os partidos, sem exceção, que devemos criticar com dureza. Os partidos políticos que governam as autarquias, que são os mesmos que governam o Estado, não são capazes de implementar o plano. Há uma mediocridade vergonhosa por parte de muitos políticos em Espanha”, reiterou.
Chema Gil falou em declarações ao Diário de Notícias na semana em que se assinala o primeiro aniversário dos atentados dos atentados de Las Ramblas e de Cambrils. Os atentados terroristas, a 17 de agosto do ano passado, fizeram 16 mortos, entre os quais duas portuguesas, e 120 feridos.
Nesta sexta-feira, vão decorrer em Espanha cerimónias de homenagens às vítimas, que vão contar com a presença de Felipe VI. A presença do monarca causou polémica, suscitando críticas de alguns setores separatistas.
e para depois agrariar pessoas desses paises para o terrorismo
Estao a recrutar para a “religiao da paz”. Mandem mail ao Marcelo Rebelo de Sousa que o homem gosta de ser amigo de todos
Sr,s Políticos corruptos, tenham muito cuidado, estes jihadistas não brincam em serviço.
O pouco que sei de história,é que os árabes vieram para o território que hoje é Portugal depois dos Romanos e que os Romanos foram donos do território que hoje é Portugal até ás nossas fronteiras feitas pelo D.Afonso Henriques,o resto foram invasões de muitos povos mas quem foi o verdadeiro dono foi o império romano,pois foram os Romanos que chegaram e trouxeram leis e administração .O território que hoje é Portugal sempre esteve no mapa do império romano, e foi com Roma que o D.Afonso Henriques teve que fazer as fronteiras.
Pouco?!
Claramente, de história não sabes nada, portanto devias evitar escrever disparates!…
O Imperio Romano “só” acabou 500 anos antes do D. Afonso Henriques nascer!!
Exactamente! Na essência somos todos romanos com uma pitada de germânico em quase toda a Europa! E por via dos impérios europeus todo o mundo tem estruturas politicas e administrativas baseadas nas romanas! Nós somos romanos! Mais Portugal tem a forma que tem devido a uma das divisões administrativa romanas, faltando nesse desenho a união Lusitana e galega, para estar completa.
“Espanha, e toda a Península Ibérica, …”Porque não Espanha e Portugal? Afinal são estes dois países que constituem a Península Ibérica!
E em vez de anunciarem no linkedin ou no olx tem plataformas noticiosas a tratar de publicitar o recrutamento…