O antigo líder do PSD, Rui Rio, criticou este sábado “o estado a que chegou o INEM”, que considerou “revoltante” e resultado de falta de rigor, e aponta para a necessidade de haver consequências “logo que acontece uma falha”. O líder do PS, Pedro Nuno Santos, diz que faltou foi competência e responsabilidade.
Num post publicado este sábado no seu perfil no X-Twitter, Rui Rio criticou o funcionamento do INEM, que esta semana deixou mais de 1000 chamadas por atender — falhas que estarão ligadas à morte de pelo menos 8 pessoas por falta de socorro.
Na sua publicação, o antigo líder do PSD salienta que “as queixas sobre o funcionamento do INEM não são de agora“, mas considera que o estado em que os serviços de emergência pré-hospitalar se encontra “passa o inadmissível” e “é revoltante“.
“Nos países civilizados, isto não existe, porque aí há consequências, logo que acontece uma falha”, diz Rui Rio, numa aparente referência à ministra da Saúde, Ana Paula Martins. “É este o resultado da nossa falta de rigor“, conclui o antigo presidente do PSD.
No início da semana, a Ministra da Saúde mostrou-se surpreendida com a greve, na sequência da qual há 10 mortes em investigação pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.
“Não estávamos de facto à espera que neste momento os técnicos de emergência pré-hospitalar se recusassem a fazer horas extraordinárias”, disse a ministra, que poderá estar a prazo no atual governo.
Ana Paula Martins foi no entanto desmentida esta sexta-feira pela secretária de Estado da Saúde, Cristina Vaz Tomé, que reconheceu que o Ministério estava a par das greves dos técnicos de emergência pré-hospitalar, mas não esperava o impacto que as paralisações tiveram na resposta do INEM.
“Nós tivemos conhecimento do pré-aviso de greve. Houve greves semelhantes a esta, a última foi em 2023. Não estávamos à espera do impacto que resulta da conjugação de duas greves. Não estávamos à espera do impacto”, disse a governante esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas.
“O Governo não esperava o impacto da conjugação de duas greves”, diz a secretária de estado, que lamenta as mortes ocorridas esta semana.
Faltou competência e responsabilidade
Também o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reiterou este sábado, numa publicação no seu perfil no X-Twitter, que o Governo “foi devidamente informado sobre a greve” e teve “20 dias para negociar com o sindicato”.
“Ao dia de hoje, são 10 as mortes que estão a ser investigadas. A desculpa dos problemas estruturais herdados do passado não pode justificar a negligência e a irresponsabilidade do governo. Faltou competência e responsabilidade” ao executivo, conclui o líder do Partido Socialista.
“Se o governo entende que o INEM tem fragilidades na sua resposta, esta avaliação impunha que o governo fosse ainda mais prudente e exigente na antecipação dos impactos da greve”, acrescenta.
A publicação de Pedro Nuno Santos é acompanhada da partilha de uma notícia de hoje do jornal Público, segundo o qual o Instituto Nacional de Emergência Médica “não definiu serviços mínimos no dia em que greves causaram caos no socorro”.
Segundo afirma o presidente do sindicato, Rui Lázaro, chegaram a estar menos de 10 técnicos a atender chamadas de emergência em todo o país. Durante todo o dia de segunda-feira foram atendidos apenas 2510 pedidos de socorro — o número mais baixo em mais de uma década, salienta o jornal.
Durante o período de greve, o INEM deixou mais de mil chamadas por atender. As ambulâncias de emergência médica saíram 111 vezes, quando o normal é fazerem 180 a 220 serviços por dia.
Como diria Cavaco…
“Os problemas do INEM não são da semana nem de há dois / três anos, são de há muito tempo”, considerou Adalberto Campos Fernandes num comentário este sábado, na CNN Portugal. “São problemas de governação, problemas de estrutura, problemas de recursos, provavelmente de composição profissional”.
A demissão da ministra da Saúde não vai resolver os problemas do INEM, considera o antigo governante, que salienta ser necessário “isolar dois tipos de responsabilidades, que são diferentes: as responsabilidades operacionais“, em primeiro lugar, e as responsabilidades políticas.
Segundo o antigo Ministro da Saúde de António Costa, não é bom que se faça “política que eu diria politiqueira com esta matéria”.
O assunto requer “alta política, ou política institucional”, porque os problemas do INEM, não tendo começado a semana passada, “em boa verdade, o governo, como diria o professor Cavaco Silva, já passou os seis meses“.
Não se pode no entanto “culpar o anterior governo, que já foi julgado em eleições, e que talvez as tenha perdido em parte porque em matéria de saúde não respondeu como devia ter respondido”, considera Adalberto Campos Fernandes.
“A AD fez da Saúde, e bem, uma área de grande motivação política, com um Plano de Emergência que está em curso, e provavelmente isso ajudou à sua vitória eleitoral. Eu diria que está na altura da Aliança Democrática se concentrar em fazer, em responder, não ignorando aquilo que está para trás”, concluiu.
ZAP // Lusa
Caos no INEM
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21 Novembro, 2024 INEM reforçado com 100 ambulâncias para enfrentar o inverno
Este será o Satler ou o Waldorf dos Marretas?
Aparece sempre a mandar uns bitates sem ninguem lhe perguntar nada.
Em frente Presidente Rui Rio, é hora da Tomada da Bastilha.
As perguntas que devem ser feitas: porquê que ninguém quer ir trabalhar para o INEM? porquê que o INEM antes e desde a sua fundação funcionava correctamente e a partir de 2012 passou a funcionar mal? quais são os critérios e a fundamentação para recrutamento e selecção de elementos para o INEM?
É preciso obrigar os elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desde o topo até à base da cadeira hierárquica a declarar se colaboraram/pertenceram ou colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os sindicatos assim como toda e qualquer actividade sindical proibida, os despedimentos implementados na Função Pública, e definir a escolaridade obrigatória pela data de nascimento e realizar testes psico-técnicos para saber se possuem perfil para a profissão.
Teste Psico-Tecnicos e não só, avaliações Profisionais a “ver” se conseguem desenpenhar o papel que a Habilitações atestam.
A esperteza não é inteligencia, é o Mundo das Trevas, enganm todos ao mesmo tempo com a esperteza da “Racionalidade ARGUMENTATIVA”.
Quanto a ser “Presidente”, não sei de que será Presidente.
E quanto âs seitas obsucras, parece-me mais a Teoria da Conspiração.
Existe um grave problema no Estado, nas empresas privadas, e nos diversos sectores laborais em Portugal, a maioria das pessoas desde o topo até à base da cadeia hierárquica não possuem perfil para a profissão e tarefas que desempenham, temos as pessoas erradas nos lugares errados, a situação agrava-se a partir do momento em que a escolaridade obrigatória de 12 anos é um requisito (sem qualquer fundamento) e temos gente com licenciaturas, mestrados, ou doutoramentos, adquiridos através do facilitismo que se instalou no Ensino Público ou comprados no ensino privado; essas pessoas se forem submetidas a verdadeiras avaliações académicas e a testes psico-técnicos chumbam redondamente e fica provado que não têm perfil para trabalhar ou desempenhar funções nas áreas em que se “formaram” ou trabalham sejam elas qual forem.
Assassinos autorizados
É engraçado. O INCOMPETENTE Pedro Santos fala de Incompetência. Disso percebe ele.
Rui Rio – a nulidade política. De vez enquando manda uns bitaites para dizer que existe. Um completo rasquido.
Verdade.
Quando estava na oposição nem piava.
Agora parece que está na oposição contra o PSD
Mentiroso(a), o Presidente Rui Rio foi o último líder da oposição, extremamente activo e com elevada postura, fez inúmeras intervenções, este é um exemplo a juntar a muitos outros: https://www.youtube.com/watch?v=jUUWESa5Zrw
A maior responsabilidade é desse sindicalista rui lázaro era despedido nao faz lá falta nem ele, nem gente como ele, tem uma vidinha de luxo, não mexem uma palha só interesses que existe no inem e na função publica
Apurar responsabilidades. Instaurar processo de Averiguações ou fazer uma auditoria para apurar responsabilidades. Apurar se a greve foi mesmo a responsável por esta omissão do INEM ou se houve um cruzar de braços.