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Presidente da Altice: Estado comprou o SIRESP para que este não entrasse em colapso

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André Kosters / Lusa

Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal

O presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, afirmou na terça-feira que o SIRESP – Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal “sempre cumpriu com todos os níveis de serviços contratados”.

Num encontro com jornalistas, Alexandre Fonseca, presidente da Altice Portugal, afirmou, citado pelo Expresso, que “a compra dos SIRESP foi o mecanismo que o Governo encontrou para garantir que este não entraria em default (colapso). E foi a forma de pagar a redundância da rede”.

Depois dos incêndios de 2017, o SIRESP investiu cerca de 12 milhões de euros em antenas satélite, que passariam a funcionar como uma rede redundante e, para Alexandre Fonseca, foi de certa forma para pagar este investimento adicional que o negócio se fez.

Em junho, o Conselho de Ministros aprovou a compra das participações da Altice e da Motorola no SIRESP por sete milhões de euros, um negócio que tem gerado muita controvérsia e que foi questionado pelos partidos da oposição.

O presidente da Altice Portugal assegura, porém, que o SIRESP “cumpriu sempre com todos os níveis de serviços contratados” com o Estado português em 2006. O gestor garantiu ainda que a rede não teve uma única falha face ao contratado durante os trágicos incêndios de 2017.

“Desde 2006 até hoje, o SIRESP SA honrou sempre os seus compromissos“, disse, explicando que o problema foi terem sido retirados ao longo do tempo serviços que era suposto existirem, e que não havia redundância de rede, ou seja, se as plataformas de telecomunicações fossem consumidas pelos incêndios, não haveria uma rede alternativa para a substituir. Nas entrelinhas, admitiu que estas decisões partiram do Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o responsável, a Altice já tinha avisado sobre a necessidade de haver redundância da rede, desde que comprou a antiga PT, em junho de 2015. “Já se sabia que a rede não estava à altura, porque foram sendo retirados serviços previstos inicialmente no contrato, como por exemplo a redundância.”

Alexandre Fonseca contou ainda que o Conselho Geral de Utilizadores do SIRESP – onde estão instituições como a Autoridade Nacional da Proteção Civil, os bombeiros ou a GNR – reuniu-se pela primeira vez em 2017, depois do incêndio de Pedrogão, quando o previsto no contrato é que o fizesse regularmente.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. A ser verdade… mas de que está à espera a Altice de “limpar o seu nome”? Venha à tv publica e diga tudo o que tem a dizer, fazendo-se acompanhar de provas! Eu desconfio que os dois (estado/Meo e/ou Altice) terão ambos “telhados de vidro” nesta questão…

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