/

A esquerda “também apoiou paralisações sem escrutínio”

3

Estela Silva / Lusa

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou hoje que os partidos da esquerda também apoiaram no passado greves e manifestações sem qualquer preocupação de escrutínio, como acontece agora com os enfermeiros.

Cristas reagia ao anúncio de que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica, a ASAE, vai investigar a origem dos fundos recolhidos pelos enfermeiros através de ‘crowdfunding’ para as greves dos últimos tempos.

A lei “tem de ser estritamente cumprida, com certeza, e tem de ser verificado se a lei é ou não é cumprida”, defendeu a presidente do CDS-PP, acusando a esquerda de não ter tido a mesma postura no passado.

“Em relação a questões de financiamento, durante anos, assistimos a coisas noticiadas abundantemente de apoio de câmaras mais à esquerda a numerosas manifestações e greves, apoios vários, nomeadamente transportando os manifestantes e grevistas para os locais, e aí não creio que tenha havido tanta preocupação com escrutínios”, afirmou.

Para o CDS-PP, o mais importante de tudo é garantir que se passa a uma outra fase, a da paz social que, entende, “neste momento está a escassear no nosso país”.

“Daí termos lançado o nosso apelo ao Presidente da República que certamente encontrará o melhor momento e a melhor forma de o fazer para ajudar a moderar um conflito que deixa mal os utentes, os doentes, quem precisa de recorrer ao hospital”, reiterou.

Assunção Cristas falava na Feira do Fumeiro, em Vinhais, no distrito de Bragança, o certame mais antigo do género no país, que há 39 anos promove os produtos de excelência desta zona, os enchidos, que são também dos mais caros a nível nacional e gozam de proteção comunitária.

Questionada ainda sobre o congresso do novo partido, a Aliança, em Évora, a Assunção Cristas disse que o CDS-PP só tem um adversário. “O Partido Socialista e as esquerdas unidas, aí é que está o nosso adversário político e são esses que nós queremos combater e construir uma verdadeira alternativa, também para valorizar a agricultura”.

A líder do CDS voltou a acusar o Governo de desprezar “o setor agrícola, o produto agroalimentar” e de “não pôr os fundos a correr e a financiar os projetos como acontecia noutro tempo”.

“Lamento muito, por exemplo que hoje vamos olhar para os fundos europeus, para ajudar ao investimento neste setor e verificamos que apenas estão executados em 30% na parte do apoio ao investimento. É muito pouco para um programa que já está no final”, considerou.

// Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

3 Comments

  1. Toda a classe política é financiada de forma altamente duvidosa. Vir agora esta Crostas dizer qual routo ao nú: De que te vestes tu?

    Mais vale votar no Tino de Rans.

  2. Esta está a ver que o feitiço se está a virar contra o feiticeiro e começa avirar o bico ao prego.
    Afinal o que está a confirmar é que esta é uma greve promovida e controlada pela direita, o que quer dizer que se confirma que são interesses dos grupos de saúde privados, provavelmente os financiadores.
    Que o PPD/PSD está por trás, não há dúvidas nenhumas. Há objectivos bem claros nesta vergonha de greve: a desestabilização da vida política e social com vista às próximas eleições, e a fragilização do Serviço Nacional de Saúde para favorecer os interessses privados dos grupos de saúde.
    Mas os resultados estão a ser catastróficos para a direita, porisso esta Cristas está “preocupada” com a paz social para minimizar os estragos políticos.

    • Que atrasado. Com a geringonça, já sem austeridade, segundo a mesma, a dar menos verba actualizada pro SNS do que o anterior governo e a troika, é preciso a direita vir fragiliza lo? O costa poucochinho, a esganiçada e o dinossauro fazem bem isso sozinhos!!!! Tire as palas… Pqe nao investigaram qdo o crowd funding foi p financiar o costa e outros???? E agora, depois da investigação s provar q foi tudo legal?? Virão esses porcos e a descomunicaçao social a soldo pedir desculpas e informar os cidadãos??

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.