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Empresa está a pagar a desempregados para filmarem tudo o que fazem durante um mês

A empresa japonesa Plasma Inc. decidiu levar a cabo uma experiência social incomum chamada Project Exograph. A empresa pretende descobrir se os desempregados afetados pelo crescimento da automação estariam dispostos a vender a sua privacidade.

Quatro pessoas concordaram em deixar a empresa instalar câmaras nas suas casas, sendo que as casas-de-banho eram os únicos pontos cegos. Durante o próximo mês, estas câmaras gravarão tudo o que os participantes fizerem e, em troca, cada um receberá 200 mil ienes (cerca de 1.600 euros), aproximadamente 50% mais do que os benefícios sociais que recebem.

No final do mês, a a Plasma Inc. vai anonimizar os vídeos para que os participantes não sejam identificáveis. Em seguida, o material gráfico será analisado para identificar as suas necessidades e hábitos, bem como para ver como se poderia rentabilizá-lo – mas não venderão as filmagens.

A ideia da empresa é vender privacidade real. A empresa espera que, como existem compradores que usam dados digitais de pessoas, alguns possam estar interessados em comprar dados sobre a sua vida real.

Em declarações ao jornal japonês Mainichi, Hiroki Enno, CEO da empresa, explicou que a empresa decidiu explorar a possibilidade de gerar dinheiro para pessoas em caso de desemprego devido à automação.

“Se a inteligência artificial e os robôs progredirem, as pessoas não precisarão de trabalhar e poderão viver fornecendo dados por dinheiro. Com base nisso, estabelecemos a soma necessária para manter um padrão de vida saudável e mínimo”, disse Enno.

Desta forma, o Project Exograph da Plasma Inc. é uma das variações do conceito de rendimento básico universal. Segundo o conceito, o governo deve pagar uma quantia incondicional de dinheiro a cada membro da sociedade para garantir que essas pessoas possam comprar as coisas que necessitam para viver.

Na Finlândia, a experiência do rendimento básico universal foi realizada durante dois anos. Nesse período, o país deu um cheque mensal de 560 euros a dois mil desempregados, para os incentivar a arranjar trabalho. Porém, apesar de ser apelativa à primeira vista, a experiência finlandesa não parece ter produzido os resultados que se esperava.

ZAP //

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